Os caminhos que levaram Angola à conquista da Independência e da Paz foi o tema que dominou a palestra realizada pelo Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), no passado dia 2 de Abril, no âmbito das actividades em alusão aos 17 anos de Paz, assinalados no dia 4 de Abril de 2019.
Coube ao General Francisco Furtado, antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas Angolanas, prelector convidado pelo CIAM, fazer uma breve retrospectiva de algumas das etapas que marcaram a conquista da paz e da reconciliação nacional, tendo exortado a sociedade a não cometer os erros do passado, sob pena de comprometer novamente a construção desta Nova Angola e de um futuro melhor.
Francisco Pereira Furtado traçou, igualmente, um breve quadro histórico dos processos, acordos e principais batalhas que permitiram o alcance da paz efectiva no país antigo chefe de Estado Maior das Forças Armadas Angolanas, Francisco Pereira Furtado, considerou ser importante reflectir sobre os principais acontecimentos que conduziram o país a alcançar a paz efectiva.
Para ele, existe a necessidade de se conhecer melhor os problemas que o país tinha naquela altura, assim como os actuais, com vista a preservar sempre os modelos que originaram bons resultados no passado político, militar e social.
“Os angolanos conseguiram construir o país e conquistar a sua paz. Muito já foi feito, mas também reconhecemos que muito há por se fazer ainda na construção dessa paz”, reconheceu o General de Exercito.
Quanto à valorização e reconhecimento dos heróis da Pátria angolana, Francisco Pereira Furtado, defende mais respeito por aqueles que perderam a vida em prol desta paz. Para o palestrante, a maior honra passaria por se criar condições para que as suas famílias e os seus órfãos tenham, de facto, o apoio e a dignificação necessária.
“Os heróis da Independência, da defesa e da soberania nacional merecem todas as honras, o respeito e a exaltação pelo papel que desempenharam para que Angola seja hoje um país livre e digno de respeito no contexto das nações”, referiu aquela alta patente do exército.
Para se preservar as conquistas alcançadas até ao momento, é imperioso que a juventude revele uma conduta digna e evolua para um padrão de patriotismo no quadro das premissas do país, instituídas em prol do garante da paz e da estabilidade. Reconheceu Francisco Furtado que é na juventude que se podem forjar grandes lideranças que irão assegurar a continuidade, condução dos programas e estratégias para o desenvolvimento do país.
“O futuro de Angola depende da capacidade da sua juventude em aprender a pensar e a fazer o bem, trabalhando e mostrando o que sabem em qualquer parte do território nacional”, disse.
Reconheceu, finalmente, que o futuro de Angola passa pelo alicerce que a geração actual for capaz de construir, sobretudo nos sistemas da Educação, Saúde, economia e numa aposta firme na Cultura Nacional. No dia 4 de Abril todos os angolanos se reúnem para comemorar a data que marca o fim da guerra em Angola, que permitiu que hoje estejamos a viver em harmonia. Nenhum angolano se esquece da data em que decidiram pôr fim ao conflito interno. Angola é hoje um país completamente pacificado. Os angolanos concentraram-se, depois do fim da guerra em 2002, na reconstrução do país e na consolidação da democracia.