O Presidente da República, João Lourenço, analisou nesta sexta-feira, em separado, a situação política, económica e social do país com os líderes da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral - (CASA-CE), André Mendes de Carvalho, e do Partido de Renovação Social, Benedito Daniel.
André Mendes de Carvalho afirmou ter abordado com o Presidente João Lourenço a necessidade de se potencializar os produtores nacionais, com alguma experiência, para se alcançar a auto-suficiência alimentar, enquanto se reformula o sistema de ensino, a fim de alargar a formação de quadros no segmento da investigação científica.
Sugere, a título de exemplo, a atribuição de motores aos pescadores, para aumentarem a capacidade de captura, bem com parelhas de bois e charruas a agricultores, para incrementar a produção alimentar.
Para o político, as apostas em grandes fazendas fracassaram, apesar do muito dinheiro gasto.
Relativamente às autarquias, a CASA-CE defende eleições em todo o território nacional, mas que a transferência de responsabilidades seja gradual, por não terem toda capacidade para assumir e implementar alguns serviços.
Defendeu a realização de eleições autárquicas o mais breve possível, por fazerem falta à organização do Estado de qualquer país.
O presidente da coligação, fundada em Abril de 2012 e terceira maior força política no Parlamento, com 16 deputados, defendeu para cada município uma assembleia eleita que delibera sobre os assuntos da sua comunidade nos mais variados domínios.
Já o presidente do PRS, Benedito Daniel, declarou ter analisado com o Titular do Executivo as implicações da Covid-19 e as medidas a tomar para reduzir o seu impacto económico e social.
Para Benedito Daniel, o Executivo deve priorizar a produção de alimentos para o sustento da população, bem como assegurar o fornecimento de água e energia às comunidades e ao sector produtivo.
Para o líder do PRS, fundado em 1990 e com dois deputados na Assembleia Nacional, deve ser privilegiada a aposta na diversificação da produção alimentar, para garantir a sustentabilidade dos angolanos, ante a escassez de divisas para a importação de bens alimentar.
Segundo Benedito Daniel, a covid-19 trouxe grandes prejuízos, mas também lições para que cada país crie soluções para auto-sustento.