estão a viver uma das piores fases de vida, por conta da proibição da sua actividade diária provocada pela pandemia da Covid-19.
Para José Etelvino, presidente do Conselho Fiscal da AMOTRANG, o Estado deveria atender as preocupações de seus associados, considerando que os moto-taxistas também deveriam ser incluídos na população vulnerável, pois a actividade que exercem é de subsistência e nesta fase de confinamento não têm como sustentar as famílias.
Segundo o responsável associativo, os moto-taxistas têm cumprido as recomendações das autoridades para a salvaguarda do bem maior (vida), por compreenderem que as economias recuperam-se, mas a vida não. Porém, o Estado deve velar por este grupo de baixa renda e que depende única e exclusivamente deste ofício.
Entende que o serviço de moto-taxi é de risco para propagação do vírus, porque não se cumpre o distanciamento físico (1 metro), mas reiterou que o Governo deve contemplar cesta básica aos necessitados, pois não compreende que as administrações distribuam bens essenciais aos vulneráveis e deixem de parte estes cidadãos também carentes.
No “Conversas sobre Covid-19”, que abordou hoje “Restrições em tempo de pandemia: vida e morte da classe de moto-taxis”, o responsável da AMOTRANG informou que a associação endereçou as preocupações e propostas de soluções ao Ministério dos Transportes (MinTrans), mas até agora ainda não teve respostas.
Por sua vez, Ênio Costa, director-geral adjunto para área técnica do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INTR), respondeu as inquietações da associação, referindo que ta questão foi entregue à Comissão Multissectorial de Combate e Prevenção da Covid-19.
Para o representante do INTR, um dos convidados no espaço interactivo do Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), o regresso da actividade de moto-taxis não depende do MinTrans e sim da Comissão Multissectorial que, no tempo oportuno, se vai pronunciar sobre o assunto.