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Cidadãos defendem maior atenção às crianças

  13 May 2020

Cidadãos defendem maior atenção às crianças

Desde cedo, com vista a se evitar desvios de condutas e promoção do trabalho infantil.

Entrevistados pela Angop, a propósito do dia mundial contra o trabalho infantil, que hoje se assinala, alguns munícipes consideram que o papel dos pais na formação do carácter dos filhos é fundamental, evitando deixa-los à sua sorte, sendo que os progenitores  devem ser modelos a seguir.

O professor Sebastião António disse que nesta senda é imperioso por parte das autoridades afins sensibilizar os pais e encarregados de educação sobre as consequências da exploração infantil, uma vez que as vítimas são privadas de certos direitos em função dos trabalhos precoces que exercem.

O cidadão Samuel Muxinga partilha da mesma opinião e lamenta o facto de muitos pais alegarem a pobreza como motivo de mandar os filhos menores a exercer actividades rentáveis, mas incompatíveis com a idade, o que não se justifica, sobretudo nesse período de confinamento social, devido à Covid-19 que assola o mundo.

O sociólogo Félix Alentejo aponta o baixo rendimento económico, assim como a pobreza extrema das famílias como estando na base do elevado número de crianças a praticar trabalhos forçados, como a venda ambulante e nos mercados, entre outros, com objectivo do auto-sustento e até mesmo familiar.

Para ele, para além da educação familiar, o governo deve criar novas políticas e continuar a prestar apoios às famílias vulneráveis e outras que garantem a empregabilidade dos cidadãos, bem como a criação de centros de acolhimento infanto- juvenil, para a protecção dos petizes.

O psicólogo Cirilo Mendes realça que o trabalho infantil tem um impacto negativo no desenvolvimento psico-emocional da criança, por isso as famílias devem ter em atenção esse aspecto e buscar outras soluções para o auto-sustento ao invés de forçar os menores a trabalhar.

Por sua vez, a chefe de departamento de protecção dos serviços de infância e adolescência do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade de Género, Luísa José Moniz, disse que a desestruturação no seio familiar é outra causa do surgimento de muitas crianças submetidas a trabalho infantil a nível da província de Malanje.

É de opinião que se agrave as medidas de punição contra os adultos que submetem os petizes a trabalhos, como forma de desencorajamento dessa prática.

O 12 de Junho, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, foi instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2002, com objectivo de consciencializar a sociedade, os trabalhadores, as empresas e os governos, a abster-se da violação de direitos da criança e dos adolescentes, como submete-los a trabalhos.

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