Os órgãos de comunicação social jogam um importante papel no processo de estudo, análise, denúncia e correcção dos obstáculos à inclusão da pessoa com deficiência no país.
Falando na abertura do ciclo de palestras promovidas pelo Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), a decorrer nos próximos três meses, sobre "O papel da comunicação social na inclusão da pessoa com deficiência", Celso Malavoloneke adiantou que os jornalistas podem fazê-lo de duas formas: informando e denunciando as práticas menos correctas e incentivando os bons exemplos ou realizando a inclusão da pessoa com deficiência na sua condição de receptor da acção da comunicação.
O secretário de Estado salientou que subsistem obstáculos de índole cultural, social e económico sobre esta franja da população que devem ser banidas com a divulgação de matérias que estimulem essa inclusão.
"As rádios, televisões, jornais e media digital devem trazer mais para o cimo das suas agendas noticiosas as questões de inclusão da pessoa com deficiência", disse.
Referiu que já existe um trabalho considerável neste sentido, mas é preciso mais, pois a sociedade precisa ser confrontada com mais assertividade sobre o cumprimento ou não da legislação, metas e compromissos assumidos nesta matéria.
Para o director nacional da Inclusão da Pessoa com Deficiência, Micael Daniel, a comunicação social é um grande aliado para a inclusão social, na medida em que exerce o papel de executar as leis, fiscalizá-las e sensibilizar a sociedade.
Ressaltou que as pessoas com deficiência não devem ser chamadas apenas para abordar questões que tem a ver com deficiência nos órgãos de informação, mas que podem contribuir em outras áreas do saber em que se formaram.
O secretário-geral do Comité Paralímpico Angolano, António da Luz, disse estar em curso um trabalho para que matérias ligadas ao desporto paralímpico passem a ser divulgadas em horário nobre.
"Felizmente os paralímpicos conquistaram o seu espaço e hoje temos um programa de 50 minutos na rádio", destacou.
A palestra sobre o papel da comunicação social na inclusão da pessoa com deficiência é uma promoção do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher (Masfamu), em parceria com o Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM).