sob o olhar da ministra da Cultura, Maria da Piedade de Jesus, do vice-governador de Luanda para a área Política e Social, Dionísio da Fonseca e de outros membros do Governo.
O desfile competitivo, que hoje tem como atracção principal os grupos da classe B, de adultos, abriu ao ritmo de semba do grupo do Distrito Urbano da Mainga, cuja canção “Luanda vamos dançar o Carnaval”, com um alegoria à altura, em homenagem aos esforços do Ministério da Cultura em manter viva esta tradição.
“Senti-me feliz. Senti a vibração do público. Depois de mais de dois meses de treino, pude, finalmente, mostrar, na pista, tudo o que ensaiamos”, disse a vocalista Ilda Contreiras, instantes depois de terminar a actuação. O grupo, fundado a 27 de Fevereiro de 1990, desfilou sob o comando de Leandro Fernandes.
O Cassules União Kazukuta do Sambizanga foi o segundo a desfilar. Grupo tradicional do Carnaval de Luanda, caracterizado pelas sombrinhas e o rodopio que ainda conquista seguidores, esteve sob o comando de Francisco Tomás.
“Gostei muito de estar presente nesta edição e fazer a minha parte. Mais do que um grupo, a Kazukuta do Sambizanga é uma escola e lá tenho crescido muito. Hoje a dança vai mudando conforme as gerações, mas sempre deixamos as portas abertas a qualquer criança que queira dançar o Carnaval, ao ritmo da Kazukuta”, disse o comandante.
David Costa, presidente do grupo, disse que nesta edição o Cassules Kazukuta do Sambizanga investiu muito na canção, com a qual tenta despertar a sociedade para os perigos aos quais muitas mulheres estão sujeitas por dar à luz em casa. “Buscamos este tema, também, para dignificar uma campanha que tem o rosto da Primeira -Dama, Ana Dias Lourenço, cujo slogan é ‘Nascer livre para brilhar”, explicou.
Fundado a 1 de Junho de 2008, David Costa garante que o grupo fez tudo para estar entre os três primeiros classificados, embora reconheça que tudo depende da avaliação do júri, cuja presidente da mesa é a cantora Alice Berenguel.
O vencedor da última edição do Carnaval, Cassules Viveiros do Njinga Mbande, foi o nono na ordem do desfile. Conhecido por representar a dança cabecinha, o grupo levou à Marginal a canção “Línguas Maternas”.
Com 14 grupos em desfile, o grupo Cassules Amazonas do Prenda foi o último a passear classe na pista da Marginal. Hoje a festa continua com a classe B, com 15 grupos em disputa.