Município do Tômbwa, a partir do rio Cunene, onde o seu caudal é permanente.
A informação foi avançada à imprensa pelo governador do Namibe, Archer Mangueira, no final da sua visita de campo de quatro dias a comuna do Yona para constatar as reais dificuldades das comunidades Mucubais e Muimbas, consusbtanciadas, principalmente, na falta de água, enérgia, vias de acesso, centros de sáude, escolas e outros serviços.
Archer Mangueira disse que, entre as acções a serem desenvolvidas, a curto e médio prazo, consta a abertura de furos de água, construção de escola, postos de saúde e a melhoria das vias de acesso a água.
Trata- se de projectos , segundo o governante, de introdução das motombombas para puxar água do rio Cunene, atráves de mangueiras com pequenas condutas que possam permitir a prática da agricultura daquelas populações que vivem ao arredor deste rio.
Afirmou que a construção da barragem de Baynes, projecto em carteira, é da responsabilidade do Ministério da Energia e Águas. Adiantou que existe já um acordo entre Angola e a Namibe no que tange a sua execução e o beneficio para ambos os povos. O empreendimento terá capacidade instalada de 800 megawats.
“Não podemos ver a comuna do Yona de uma forma isolada, pois temos o seu parque que pode trazer desenvolvimento para a nossa região”, acrescentou.
O governador diz ser necessário um trabalho mais profundo em termos de exploração e divulgação de alguns recursos que a localidade oferece, fundamentalmente no Parque do Yona, uma zona com uma biodiversidade e geodiversidade que precisa ainda de um estudo científico profundo.
Em relação a Foz do rio Cunene, afirmou que necessita de uma protecção por parte dos ministérios da Agricultura e Pescas e da Cultura, Turismo e Ambiente.
“Não se pode permitir que barcos de pesca façam arrastões a seu belo prazer na zona fronteriça da foz do rio Cunene, pois é uma zona de desova dos peixes e que serve de protecção de biomassa. Nenhum tipo de pesca pode ser feito neste local e nós vamos colaborar com as autoridades de fiscalização e protecção para que estas acções possam ser evitadas a todo custo”, reforçou.
A nível dos Postos Fronteriços da Polícia de Guarad Fronteira, Archer Mangueira lamentou as condições de trabalho dos efectivos.
O comandante da Polícia de Guarda Fronteira do Namibe, superintendente -chefe Serafim Domingos, garantiu segurança nos três posto policiais: Monte Negro, Foz do Rio Cunene e o da comuna do Yona.
A Polícia de Guarda Fronteira controla 218 quilómetros da orla fluvial e 490 da orla marítima.
O administrador comunal do Yona, Aristides Hitumba, informou que nos próximos dias será lançado um concurso público para a construção de três residências do tipo T3 para os quadros dos sectores de educação e saúde.
O referido projecto está inserido no âmbito do Plano Integrado de Intervvenção nos Municipios (PIIM), sendo duas residências a serem construídas na sede da comuna do Yona e uma na povoação do Monte Negro.
As três residências estão orçadas em 116 milhões de kwanzas.
Adiantou que a comuna, no âmbito da implementação dos projectos contra à seca, foi contemplada com a construção de seis sistemas de água, já concluidos e em pleno funcionamento, nas localidades de Muende e Capota estando em falta as localidade de Otchifeng, Corozai, Mongo e Marinde, zonas de dificil acesso.
A localidade debate-se também com a falta de quadros da Ssúde e da educação.
Por seu turno, o administrador do Tômbwa, Alexandre Nyuka, informou estar em execução o Plano Directório sobre o Turismo, um documento orientador para a promoção da actividade turística nesta localidade.
“O plano director é nosso foco e estando ele eleborado iremos iniciar um processo de promoção de actividade turística”, disse.
Em termos de infra-estruturas sociais, Alexandre Nyuka salientou que a comuna do Yona tem uma escola, na povoação de Monte Negro, que nunca recebeu alunos por falta de professores.
Garantiu que no próxino ano lectivo 2021, com a entrada de 149 novos professores no município do Tõmbwa, a comuna será também contemplada com novos quadros no ramo do ensino.
A comuna do Yona dista a 360 quilómetros e possui mais de 17 mil e 398 habitantes que, na sua maioria, se dedica a actividade da pastorícia.
Apontou algumas preocupações relacionadas com o bem-estar dos efectivos, como a falta de água e meios para a prática da agricultura em pequena parcela.
Considerou existir boas relações entre os efectivos da Polícia Nacional de Angola com os da Namíbia, culminando, muitas vezes, com operações de patrulhamento conjuntas ao longo da fronteira.