Numa ronda efectuada ao local constatou-se que a maioria das vendedeiras de peixe e alguns compradores também ignoram a lavagem das mãos com água e sabão, outra importante medida para travar a propagação da pandemia da covid-19 no país.
Em declarações à ANGOP, Adilson Gomes, o gestor do mercado de peixe do Lobito Velho, por sinal, também “flagrado” sem máscara de protecção, reconhece as falhas dos mais de 100 feirantes e promete mais sensibilização nos próximos dias para mudar a situação.
“Temos alertado incansavelmente, mas sabemos que o povo é teimoso”, lembra o jovem, que considera tratar-se de um problema bastante sério e que os feirantes estão expostos ao risco de contágio pela covid-19.
Por seu lado, a compradora Sandra Gonçalves, residente na zona comercial da cidade do Lobito, queixa-se do clima de insegurança no local, visto estar a contactar semanalmente com vendedeiras que não usam máscaras, nem respeitam o distanciamento exigido.
“É muito triste ver essa situação, sabendo que temos uma doença muito grave”, referiu, visivelmente preocupada.
Adérito Vidigal comunga da mesma opinião e pede às autoridades sanitárias do Lobito para realizarem uma campanha de sensibilização, para incutir nos feirantes que a covid-19 é uma doença mortal e invisível.
Reprovando a atitude das peixeiras do Lobito Velho, sobretudo o não acatamento do distanciamento social, o interlocutor enfatiza que o cenário no mercado contrasta com a actual realidade, marcada pela situação de calamidade pública.
“Aqui estamos num outro mundo. É como se nada estivesse a acontecer”, anotou.