Dados estatísticos indicam que o índice de mortes por malária no país reduziu a 6 mil por ano comparando com o período 2016/2017 cujo registo era de 12 mil morte ano.
Em entrevista à TPA, a ministra afirmou que o foco continua a ser a redução do número de casos no país, com o reforço de fármacos nos hospitais, a melhoria das condições de atendimento, formação e enquadramento de novos profissionais e o aumento da rede de unidades hospitalares no país.
Conforme a ministra, o combate ao vector malárico passa também pela contribuição das comunidades, com a redução dos charcos, poças de águas paradas e amontoados de lixo, de forma a evitar o foco dos mosquitos.
Sílvia Lutucuta frisou que o sector da saúde teve um aumento de profissionais na ordem dos 30 por cento, comparando com o ano 2018, que contava com 70 mil profissionais. Actualmente conta com quase 100 mil em diversas carreiras.
Em dois anos (2018/2020), o sector realizou dois concursos públicos de ingresso, sendo que no primeiro foram admitidos nove mil e 120 novos profissionais e no segundo sete mil nas carreiras de saúde.
Avançou que cerca de 46 por cento dos novos quadros estão a ser colocados em municípios mais longínquo para garantir a equidade no atendimento das populações.
Valorização dos quadros
Esclareceu que o MINSA criou um novo regime remuneratório permitindo que 40 mil profissionais beneficiassem da actualização de categoria e consequentemente a melhoria do salário.
Apostou também na formação de curta e média duração e formação especializada e contínua dos profissionais das diversas áreas.
“Por está razão recorremos a Cuba para reforçar as acções de formação de 80 por cento dos nossos quadros. Prevemos a curto prazo formar os técnicos do sector em cuidados de saúde primários”, reforçou a ministra.
Infra-estruturas
Sílvia Lutucuta destacou ainda a necessidade de mais infra-estruturas no sector, tendo em conta o crescimento populacional do país.
Neste capítulo, a ministra destacou a construção de hospitais de referência nacionais, entre os quais de Cabinda, o Sanatório de Luanda, que será um centro de tratamento de doenças infecciosas, com componentes cirúrgicas quer pulmonar de alta complexidade.
A nova unidade vai aumentar a capacidade para 350 camas, das quais 200 camas serão para descompressão negativa.
Ainda em Luanda, apontou o Hospital Materno Infantil do Camama, com uma capacidade de 200 camas, com componente pediátrico (serviços pediátricos e materno infantil), para além do Instituto Hematológico Pediátrico para atender os casos de anemia falciforme.
O próximo desafio, de acordo com a ministra, será a construção da Oncologia Pediátrica, o Instituto de Medicina Forense, que terá também uma componente de investigação.
Já na província do Bié está em construção um hospital, com capacidade de 200 camas. A rede viu ainda aumentar com a reinauguração do Hospital Ngola Kibamda.
Informou que dos 11 centros ortopédicos nacionais, já foram reabilitados sete, em Luanda, Huambo, Bié, Moxico, Uíge, Cuando Cubango, faltando os de Benguela e Huíla.