A fim de conter a propagação do vírus pelo país.
Em mensagem dirigida à Nação, o estadista angolano exorta os angolanos a manterem o distanciamento entre as pessoas, evitar as concentrações e os afectos com contacto físico, lavar as mãos com água e sabão ou com álcool em gel e usar correctamente a máscara facial.
“Ao dirigir-vos esta mensagem, pretendo partilhar convosco a preocupação crescente derivada do facto de, não obstante os sacrifícios consentidos por todos, o país estar já com circulação comunitária, com destaque para a província de Luanda”, enfatiza.
Sublinha que “prevenir-nos significa partirmos do princípio de que, até prova em contrário, nós próprios somos um potencial infectado que pode contaminar outros, por um lado, mas, por outro lado, e também até prova em contrário, todos os que nos rodeiam são potenciais infectados e, portanto, podem nos contaminar”.
Adverte que esta triste realidade, que pode bater à porta a qualquer país, confirma que a humanidade só ficará salva desta pandemia quando se descobrir uma vacina segura e de distribuição à escala planetária.
“Apelo no sentido de se levar a sério a nova realidade com a qual os angolanos passam a conviver todos os dias nas ruas e em todos os locais públicos, sobretudo fechados, e com alguma concentração de pessoas”, refere a mensagem presidencial.
Reforça que a salvação individual e colectiva está na auto-disciplina e na prevenção, ressaltando a necessidade de se ter consciência de que não é o investimento em unidades hospitalares, em meios de tratamento e em pessoal médico especializado que vai salvar a população, a julgar pelo que se observa nos países industrializados e mais desenvolvidos do mundo.
O Presidente João Lourenço alerta que mesmo tendo inúmeros recursos financeiros, os mais modernos centros de investigação científica, a mais desenvolvida indústria farmacêutica e outras valências, esses países, lamentavelmente, têm um número crescente de infectados e de mortos bastante grande.
Lembra que desde que se tornaram públicos os primeiros casos de Covid-19 no mundo, no início deste ano, Angola mobilizou-se e tomou as medidas que na altura se julgavam as mais adequadas para fazer frente à pandemia.
“Todos os esforços foram no sentido de conter, ao máximo, a possibilidade real de propagação do vírus, ao mesmo tempo que se procurou não penalizar muito a economia nacional, os direitos fundamentais e o bem-estar dos cidadãos, exercício de equilíbrio nem sempre tão fácil de se exercer”, observa.
Angola regista, até agora, 638 casos positivos de Covid-19, 29 mortes, 199 recuperados e 410 activos.