Chefes de Estado e de Governo da Área de Conservação Transfronteiriça Okavango-Zambeze (KAZA) avaliam, nesta sexta-feira, em Livingstone, Zâmbia, o compromisso partilhado com a sustentabilidade da região.
O ministro do Turismo, Márcio Daniel, representa o Presidente João Lourenço no evento, que decorre sob o lema "Aproveitar o capital natural e os recursos do património cultural do KAZA como catalisadores para o desenvolvimento socioeconómico inclusivo da eco-região”.
Ainda hoje, Márcio Daniel faz parte de um painel de alto nível, com os ministros responsáveis pelo Turismo dos Estados-membros do KAZA, no qual serão feitas reflexões sobre o lema da Cimeira.
Na Cimeira, um dos momentos mais importantes do evento será a cerimónia de lançamento oficial da marca destino turístico KAZA, espaço que congrega objectivos estratégicos relacionados com a conservação da biodiversidade e da vida selvagem de Angola, do Botswana, Zimbabwe, da Namíbia e Zâmbia, cujas infra-estruturas de suporte encontram-se em fase de construção.
Angola, juntamente com o Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe, assinou o tratado KAZA, acordo sobre o estabelecimento da área Transfronteiriça do Kavango-Zambeze, e foi um passo importante na medida em que determinou o compromisso dos países participantes na conservação e uso sustentável dos recursos naturais da região, congregando, paralelamente o desenvolvimento de uma indústria turística vibrante e sustentável.
A participação de Angola neste histórico momento de alinhamento estratégico entre os países vizinhos e com objectivos comuns, destaca o compromisso consciente com o desenvolvimento do País e da região.
Projecto turístico ambicioso
O Okavango/Zambeze é um dos maiores e mais ambiciosos projectos turístico em todo o mundo. É uma iniciativa com objectivos múltiplos, que inclui parte do território de cinco países da África Austral, nomeadamente Angola, Zimbabwe, Namíbia, Zâmbia e Zimbabué.
O projecto facilitará
A integração e protecção das comunidades, o desenvolvimento socioeconómico e protecção da biodiversidade dos países membros e, em particular, o crescimento da província do Cuando Cubango. Integra, ainda, um plano de desenvolvimento regional, que deverá reger as linhas mestres de orientação de planeamento do projecto.
Os benefícios provenientes dos recursos da biodiversidade do Okavango/ Zambeze vão ser partilhados através das melhores práticas de gestão, da conservação, do turismo e de oportunidades alargadas de meios de subsistência para as populações das áreas circunscritas ao projecto.
Com uma dimensão de 278 mil quilómetros quadrados, Angola ocupa 87 mil quilómetros, devendo permitir o desenvolvimento das comunidades transfronteiriças do continente africano, com quase 445 mil quilómetros quadrados.