As vendas de mercadorias de Angola para a China aumentaram 4,7 por cento para 7,16 mil milhões de dólares, nos primeiros cinco meses do ano.
Os dados divulgados nesta terça-feira, pelos Serviços de Alfândega da China mostram que a maioria dos países de língua portuguesa exportou mais para a China, cujas vendas subiram 19,6 por cento, para 641,6 milhões de dólares.
Por exemplo, Cabo Verde (+21,1%) e Guiné-Bissau (+1173,3%) viram as exportações para a China aumentar nos primeiros cinco meses de 2024, embora nenhum dos dois países tenha vendido mais de seis mil dólares em mercadorias.
As exportações da Guiné Equatorial para o mercado chinês desceram 6,9 por cento, para 517,3 milhões de dólares, enquanto as vendas de Timor-Leste (menos 37,2 por cento) e de São Tomé e Príncipe (menos 89 por cento) caíram em comparação com o período entre Janeiro e Maio de 2023.
Balanço
Ao todo, as exportações dos países de língua portuguesa para a China registaram o melhor arranque de ano de sempre, ao atingirem 58,4 mil milhões de dólares nos primeiros cinco meses de 2024.
Este é o valor mais elevado para o período entre Janeiro e Maio desde que o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau) começou a apresentar este tipo de dados dos Serviços de Alfândega da China, em 2013.
As exportações aumentaram 11,2 por cento em termos anuais sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas cresceram 12,8 por cento, para 48,8 mil milhões de dólares, um novo máximo para os primeiros cinco meses do ano. As exportações de Portugal subiram 10,7 por cento para 1,24 mil milhões de dólares.
Importação de mercadorias
Na direcção oposta, os países lusófonos importaram mercadorias no valor de 34 mil milhões de dólares da China, um aumento anual de 16,1 por cento e um novo recorde para os primeiros cinco meses do ano.
O Brasil foi o maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, com importações a atingirem 28,5 mil milhões de dólares, seguido de Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 2,55 mil milhões de dólares.
Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 92,4 mil milhões de dólares entre Janeiro e Maio, mais 12,9 por cento do que em igual período de 2023 e um novo máximo para os primeiros cinco meses do ano.
A China registou um défice comercial de 24,3 mil milhões de dólares com o bloco lusófono no período entre Janeiro e Maio deste ano.
Em Abril, o Fórum de Macau realizou a sexta conferência ministerial, durante a qual foi aprovado o novo plano de acção do organismo até 2027.
De acordo com o documento, a China e os países de língua portuguesa querem explorar novas áreas de cooperação, como a economia digital e a economia azul, além de fortalecer a colaboração na resposta às alterações climáticas.