O ministro da Indústria e Comércio, Rui Minguês de Oliveira, procedeu, neste sábado, ao lançamento da primeira pedra para a construção do Parque Industrial da Funda, no município de Cacuaco, em Luanda.

A iniciativa do grupo African Sunrise Investment, Lda, que vai investir 600 milhões de dólares, está a ser erguida num espaço de 210 hectares, com previsão de albergar 160 fábricas e vários armazéns a obra tem uma duração de cinco anos, cuja primeira fase vai levar um ano e prevê criar mais de 10 mil postos de emprego directos e 20 mil indirectos.

Após a sua conclusão, as indústrias do Parque Industrial vão incluir a fabricação de mobiliários, processamento de têxteis, montagem de equipamentos electrónicos, produção de consumíveis médicos, processamento de bebidas, alimentos e mármores, com o objectivo de impulsionar a inovação, criar oportunidades de emprego e promover o crescimento sustentável do município e expansão industrial.

Aposta no mercado

O ministro Rui Minguês de Oliveira considerou positiva a cerimónia que marcou o lançamento da primeira pedra para a construção do Parque Industrial da Funda, numa iniciativa da empresa San Bars Comércio e Indústria Lda, ligado ao grupo African Sunrise Investment, Lda.

O governante considerou que os postos de trabalho criados devem propiciar condições de trabalho digno, proteger os direitos dos trabalhadores e respeitar a legislação laboral em vigor no país.

As empresas, que serão instaladas no Parque, vão beneficiar de várias infra-estruturas, tais como água, energia eléctrica, custos laborais competitivos, direitos de propriedades estáveis e longas, bem como no quadro das políticas do governo, poderão beneficiar de outros incentivos e apoios institucionais ao investimento privado.

"Acreditamos que estas políticas estimulam a produção local e aumentam a competitividade das indústrias, promovendo a produção agrícola e minérios, o que impacta positivamente na disponibilidade de bens e serviços a custo justo para o consumidor nacional, propiciando a diversificação das nossas exportações”, disse Rui de Oliveira.

O ministro sublinhou que o investimento do Parque Industrial da Funda demonstra o comprometimento do grupo African Sunrise e da comunidade empresarial chinesa em geral, com o crescimento da economia nacional, tendo em conta que é também uma porta importante nas relações de fraternidade e de benefícios recíprocos entre Angola e China.

A localização estratégica do projecto, bem como o fácil acesso rodoviário, ferroviário, aeroportuário e portuário destaca a sua importância no âmbito da integração regional do país na Zona do Comércio Livre da Comunidade dos Estados da África Austral (SADC), da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEDEAC) e nas relações comerciais com os vizinhos.

Desenvolvimento sustentável

O embaixador da China em Angola, Zhang Bin, manifestou-se satisfeito com o lançamento da primeira pedra do Parque Industrial da Funda, partindo do princípio de que o Governo angolano tomou uma série de medidas positivas para promover a diversificação económica e o desenvolvimento sustentável do país.

Zhang Bin fez saber que o Parque Industrial da Funda é um dos primeiros parques industriais investidos por empresários chineses em Angola, e serve de mais um exemplo de cooperação económica e comercial mutuamente benéfica entre a China e Angola.

"Espera-se que o Parque Industrial envolva-se activamente no processo de industrialização de Angola, desempenhe o papel de construir ninhos e mais empresas chinesas para investirem em Angola, criando ao mesmo tempo mais postos de trabalho na região, trazendo benefícios tangíveis para a população local.

O diplomata chinês sublinhou que o ano em curso, é o primeiro da parceria estratégica global de cooperação China-Angola, ao passo que está prestes a ser realizada uma nova sessão de Fórum de cooperação China-África, encontrando-nos em um novo ponto de partida histórico, para que a cooperação económica entre a China e Angola continue a ser brilhante.

Zhang Bin deu a conhecer que ao longo dos anos, os cidadãos chineses vieram continuamente para Angola, no sentido de fazer negócios e investimentos, trabalhando com o povo angolano para promover o progresso económico e social.

Afirmação económica entre os dois países

Durante o acto, o presidente da Câmara de Comércio Angola – China disse acreditar que, sob o lema "diferentes povos, diferentes culturas e um futuro” se está a construir uma nova Angola, que exige um esforço redobrado de cada cidadão nacional, na forma de se afirmar como um forte participe na transformação dos processos que visam a afirmação económica e social do país.

A diversificação da economia e a industrialização de Angola, ressaltou, constam na estratégia consagrada no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023/2027 do executivo angolano liderado pelo Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, que são a chave de sucesso para o desenvolvimento económico e social sustentável.