A ministra da Saúde apelou, nesta segunda-feira, a um maior comprometimento dos profissionais do sector no que toca à humanização da assistência hospitalar, por forma a garantir melhor qualidade no atendimento aos pacientes.

Ao presidir ao acto de abertura da Semana Nacional de Humanização, que decorre sob o lema "Humanizar, cuidar com empatia, respeito e dignidade”, Sílvia Lutucuta disse ser importante que os profissionais de Saúde mostrem mais empatia para melhor compreenderem as preocupações e necessidades dos pacientes.

Para a governante, a mudança de comportamento dos profissionais de Saúde ajuda a promover melhorias na relação entre o hospital e os pacientes, e aumenta, consideravelmente, o nível de satisfação, tanto dos utentes, como dos próprios trabalhadores das unidades sanitárias. Segundo a ministra, o respeito pelas opiniões, escolhas e crenças dos pacientes também faz parte do processo de humanização, porque ajuda a estabelecer um ambiente de confiança e colaboração, em que os utentes se sintam verdadeiramente valorizados.

O Executivo angolano, realçou, encara a humanização como um compromisso sério, daí que, lembrou, em 2010, foi aprovada a Política Nacional de Saúde, que estabelece a humanização como um princípio que deve ser a tónica principal nos processos e actos de implementação das intervenções em todos os níveis de assistência do sector.

Na sequência disso, acrescentou, em Maio de 2014 foi aprovado o Programa Nacional de Humanização da Assistência na Saúde, cujo objectivo fundamental é melhorar as relações nos serviços médicos.

Segundo ainda Sílvia Lutucuta, através deste programa, foi criado, em 2018, o Gabinete de Ética e Humanização, cujo objectivo é melhorar o atendimento de cuidados e serviços de Saúde, através da promoção e implementação de projectos de humanização na rede sanitária, bem como da boa gestão dos gabinetes dos utentes em todo o país.

País tem mais de 200 gabinetes de utentes

A directora do Gabinete de Ética e Humanização do Ministério da Saúde, Djamila Príncipe, revelou, ontem, que o país conta com 240 gabinetes de utentes operacionais em diversas unidades sanitárias.

Djamila Príncipe informou que os gabinetes estão a ser progressivamente instalados no Serviço Nacional de Saúde Público para atender e resolver as necessidades urgentes dos pacientes, reduzindo assim a distância entre os utentes e as unidades sanitárias.

A responsável disse terem sido capacitados dois mil profissionais de Saúde na área de Humanização, devendo a acção formativa prosseguir, no âmbito da estratégia de implementação dos gabinetes de utentes.