Os Estados Unidos financiam cerca de 2,4 biliões de dólares no sector de energias renováveis em Angola, anunciou nesta quarta-feira o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, durante a visita histórica do Presidente norte-americano, Joe Biden, ao país.

O governante destacou que o objectivo de Angola é alcançar, até 2027, uma contribuição de 73 por cento de energia renovável na matriz energética nacional. O financiamento americano será essencial para implementar projectos que consolidam o compromisso angolano com a transição energética.

Entre os projectos financiados, estão a construção de dois grandes parques solares, localizados em Malanje e na região de Catete, em Luanda, que juntos acrescentarão 500 megawatts à capacidade energética do país.

Além disso, 320 megawatts serão instalados nas províncias do Namibe, Cuando Cubango, Cunene e Huíla, em projectos que integram redes de distribuição e sistemas de armazenamento em baterias. Essas iniciativas, disse o ministro, visam atender áreas remotas, como Mavinga, onde actualmente se utiliza combustível fóssil.

“Com esses projectos, será possível fornecer energia renovável 24 horas por dia em zonas recônditas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a inclusão energética no interior do país”, explicou João Baptista Borges.

O ministro revelou que a USAID tem apoiado Angola na elaboração de estudos para viabilizar a transmissão de energia entre regiões fronteiriças, como Angola-Namíbia e Angola-Zâmbia. João Baptista Borges ressaltou que a transição energética também inclui melhorar a interconectividade regional, fortalecendo a segurança energética.

João Baptista Borges sublinhou que o Presidente Joe Biden reafirmou o apoio dos Estados Unidos às metas de transição energética de Angola, consolidando a parceria estratégica entre os dois países.

“O investimento em energias renováveis reforça não apenas a matriz energética de Angola, mas também a posição do país como um modelo para a sustentabilidade na África Austral”, concluiu o ministro.