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REAJUSTE SALARIAL: FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS REAGEM COM SATISFAÇÃO

  06 Jan 2025

REAJUSTE SALARIAL: FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS REAGEM COM SATISFAÇÃO

Funcionários públicos de diferentes instituições do Estado, em Luanda, reagem com satisfação ao anúncio do reajuste dos salários, com o aumento de 25 por cento nos ordenados, aguardando com grande expectativa a sua implementação a partir do primeiro trimestre do ano em curso.

Maria Clara Santos, quadro do sector da Educação, disse que a medida vai fazer alguma diferença na vida das famílias, tendo em conta os custos actuais dos produtos da cesta básica.

“Com o aumento dos preços dos alimentos e das contas de casa, precisava muito de uma melhoria no salário. Este reajuste traz um pouco mais de tranquilidade financeira”, afirmou.

Por sua vez, António Pereira enfatizou que a valorização salarial é essencial para a melhoria da prestação do serviço público e o incremento de 25 por cento eleva a motivação dos trabalhadores.

Os funcionários públicos em Luanda são unânimes em afirmar que o aumento salarial gera cautelas, devido aos elevados preços dos produtos da cesta básica, despesas ligadas à formação dos filhos, saúde familiar, viagens e outras necessidades.

Manuel Neto, professor, considera positiva a medida, mas defende, também , iniciativas voltadas à redução dos preços dos produtos da cesta básica

“Todo o incremento é sempre bem-vindo, mas temos de olhar para os preços da cesta básica. Penso que, depois do acréscimo, o Executivo deve focar-se na redução desses preços, para que nós, funcionários públicos, tenhamos um alívio real”, sugeriu.

Joaquim do Rosário, técnico administrativo, ressaltou que o incremento salarial representa uma mais-valia para a classe trabalhadora, mas para um verdadeiro alívio nas despesas é essencial que o Governo encontre mecanismos para a estabilização e valorização da moeda nacional, o Kwanza.

Impacto e cautelas

O economista Carlos Ferrão disse ao Jornal de Angola que o aumento beneficia directamente as famílias que passam, gradualmente, a ganhar o poder de compra de bens essenciais, principalmente alimentação, despesas com a saúde e educação dos filhos.

Outro ponto mencionado tem que ver com a redução do endividamento das famílias, uma vez que com mais recursos, os funcionários públicos podem diminuir a dependência de empréstimos e crédito, com vista à obtenção da estabilidade social.

Carlos Ferrão alerta para a necessidade da observância de cautelas por parte dos beneficiários, sob pena de haver possíveis efeitos colaterais, justificando que o aumento da demanda por bens e serviços, por exemplo, pode gerar inflação.

“Se os preços subirem rapidamente, o poder de compra obtido com o reajuste será corroído, anulando os benefícios esperados”, disse.

O aumento salarial, segundo Carlos Ferrão, tem o potencial de reduzir desigualdades sociais, principalmente para famílias de baixa renda, com possibilidades de investirem na Saúde, Educação e Habitação, melhorando significativamente o padrão de vida.

No campo da Educação, o economista explica que o reajuste ajuda a facilitar o acesso à escola e universidades de qualidade, além da compra de materiais didácticos e tecnológicos através de um investimento directo no futuro das crianças e no desenvolvimento profissional dos adultos.

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