A delegada provincial da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) de Icolo e Bengo, Maria de Lemos, advogou, nesta segunda-feira, em Catete, a necessidade de capacitar os gestores com o intuito de prevenir eventuais casos de prevaricação e má administração da coisa pública.
A delegada provincial da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) de Icolo e Bengo falava à imprensa no decurso da sua apresentação aos quadros do Governo local, no anfiteatro do Centro Cultural de Catete Dr. António Agostinho Neto.
Segundo Maria de Lemos, a formação contínua dos gestores públicos é essencial, de forma a prepará-los para a garantia da ética na Administração Pública, através de uma conduta pautada por princípios, valores e regras alicerçadas na Justiça, na transparência e ética profissional.
Para o efeito, disse, a Inspecção Geral da Administração do Estado vai promover, a partir da próxima semana, uma acção formativa para capacitar os directores provinciais, administradores e directores municipais recentemente nomeados.
“Entendemos que só depois de capacitados os gestores estarão em condições de executarem melhor as suas funções, com o acompanhamento por via da fiscalização e inspecções. Por isso vamos começar com as acções formativas precisamente para prevenir que os nossos gestores incorram por caminhos considerados incorrectos por lei”, disse.
Maria de Lemos referiu que a IGAE em Icolo e Bengo não vai agir diferente por ser uma nova província, sublinhando que vai dar corpo às suas atribuições, nomeadamente a fiscalização, inspecção, auditoria, sindicância, supervisão e inquérito da actividade desenvolvida pelos gestores públicos.
Recordou que a IGAE é um órgão auxiliar do Presidente da República e Titular do Poder Executivo, que tem a missão de efectivar o controlo interno administrativo da Administração Pública.
“Não haverá excepções e não existem estratégias para começar em Icolo e Bengo. Portanto, vamos fazer o controlo interno administrativo para prevenir e detectar eventuais fraudes”, disse.
Sem restrições
O governador provincial de Icolo e Bengo frisou que a delegada da IGAE tem total liberdade para actuar sem restrições, em pleno cumprimento das suas atribuições, para garantir que os servidores públicos exerçam as suas funções com responsabilidade.
De acordo com Auzílio Jacob, a primeira delegada provincial da IGAE não deve hesitar em agir quando necessário para combater eventuais casos de corrupção e má prestação de serviço público em Icolo e Bengo.
Destacou a importância da actuação pedagógica da instituição, enfatizando ainda a necessidade de adopção de postura firme para antecipar eventuais erros e más práticas por parte dos gestores públicos.
“É necessário que o servidor público tenha consciência que há um órgão que acompanha o seu desempenho e o cumprimento das normas, por respeito à Constituição e às leis”, disse.
“A actuação da IGAE é essencial, pois também vai ajudar-nos a satisfazer melhor as necessidades dos cidadãos e a criar as condições que promovam o bem-estar das populações”, sublinhou.
Auzílio Jacob aconselhou, por outro lado, os quadros do Governo de Icolo e Bengo a primarem pela responsabilidade e respeito às leis, sobretudo em questões de gestão do património e de quadros, e da contratação pública.