O Mercado de Capitais Angolano assim como a Bolsa de Dívidas e Valores de Angola ( BODIVA) tem registado nos últimos anos, avanços significativos na sua estruturação, considerou, nesta sexta-feira, em Luanda, a consultora para Análise de Investimentos Mahália Castro.

A especialista afirmou à saída da formação com os jornalistas económicos sobre Mercado de Capitais e Bolsa de Valores, que a BODIVA existe há, sensivelmente, dez anos e que apesar de ser a mais nova a nível da região Subsaariana, já há muitos marcos conquistados.

Para Mahália Castro, Angola tem uma bolsa muito bem estruturada.

“Já começamos a ter a emissão de produtos mais estruturados, em que não se está apenas pelos tradicionais bilhetes de tesouro, obrigações de tesouro, evoluindo assim para as acções”, afirmou a especialista em Bolsa.

Disse também que a equipa da bolsa tem levado este processo adiante e interagido com outros países da região, como Cabo Verde, que também se mostrou um grande parceiro nesta conquista a nível de partilha de conhecimento , além de outras bolsas com mais maturidade.

Em relação à adesão dos angolanos no mercado financeiro sobretudo no segmento da bolsa de valores, a também consultora para Investimentos e Análise Financeira, creditada pela Comissão do Mercado de Capitais afirmou que as últimas acções colocadas em bolsa registaram uma procura superior à oferta o que demonstra, acrescentou, o interesse de muitos cidadãos nacionais em investir neste mercado.

“Já existe aqui uma vontade por parte dos angolanos em investir neste mercado financeiro, eu daria uma nota positiva”, observou.

Os jornalistas económicos de vários órgãos de comunicação social participaram ontem, em Luanda, na formação sobre Mercado de Capitais e Bolsas de Valores com vista a preparar os profissionais sobre as principais evoluções deste segmento a nível do país. A iniciativa foi promovida pelo Jornal Economia & Finanças em parceria com a Everest-Consultoria Formação e Mentoria e a Isenta Comunicação.

A formadora Mahália Castro salientou que essa partilha de conhecimento vai melhor preparar os jornalistas a acompanharem o crescimento do mercado de capitais, numa altura em que tal actividade começa a ganhar expressão no país. Em relação à contribuição dos jornalistas económicos para a promoção deste mercado a especialista considerou que os profissionais devem partilhar informações fidedignas, assim como interagir com os operadores económicos do mercado.