Segundo o gestor, continua a registar-se incumprimentos no cronograma de pagamento, por parte de empresas que venceram os concursos.
O administrador do Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), que falava num webinar, referiu que agora existe um total de 139 activos, dos 195 previstos, após ajustes feitos em Fevereiro deste ano, com a retirada de 70 empresas do sector das pescas artesanal e o acréscimo de outras 14 ao pacote actual.
Entretanto, deixou claro que nem todos os activos foram vendidos, porque alguns passaram para gestão privada. É o caso das três indústrias têxteis (Nova Textang II, África Têxtil, e a Comandante Bula (x-Satec),
A ministra das Finanças, Vera Daves, já se pronunciou, recentemente, sobre estes incumprimentos, tendo ponderado o recurso do Estado à arbitragem ou envolvimento dos órgãos de Justiça.
Ainda sobre o assunto, o administrador do IGAPE, Augusto Kalikemala, disse que o processo de rescisão de contrato leva muito tempo e que vão trabalhar com os adjudicatários para cumprimento das obrigações.
"Se os activos estiverem a ser explorados, teremos uma maior flexibilidade com os investidores, alargando o prazo para o cumprimento", aventou Augusto Kalikemala.
Acrescentou que, enquanto nao houver um incumprimento efectivo terão o cuidado de manter a informação,para não prejudicar os esforços que estão a ser feitos pelas empresas.
Das 31 empresas de referência nacional, foram privatizadas seis, outros 12 activos, dos 32 previstos, três da esfera da Sonangol, dos 50 em agenda e 17 unidades industriais da Zona Económica Especial Luanda-Bengo, das 30 industrias por alienar.
Estão em processo de privatização, as participações no Banco BAI, Caixa Angola, os activos da Sonangalp, Multitel, Cimangola e o projecto agro-industrial Aldeia Nova.
Esta em concurso a venda do banco BCI, a alienação parcial da ENSA-Seguros de Angola, a Net-One, e a cessão de direitos de exploração e gestão para os hotéis Infortur.