O empresário de nacionalidade chinesa, afecto ao Grupo AMCON-Construtora, manifestou, neste domingo, no município de Mavinga, província do Cuando, o interesse de investir 20 milhões de dólares para o cultivo de arroz em grande escala, no Cuito Cuanavale, com o objectivo de contribuir para Angola tornar-se auto-suficiente.
Liu Quong garantiu este investimento, durante um encontro que manteve com o governador do Cuando, Lúcio Amaral. Para o empresário chinês, na I fase foram identificados mil hectares, no município do Cuito Cuanavale, para o cultivo de arroz e outras culturas agrícolas em grandes quantidades.
O investidor avançou que a empresa que dirige tem a previsão de iniciar a implementação de projectos para a produção de arroz a partir do II semestre do ano em curso. Referiu que, para o sucesso do projecto conta com uma equipa de agrónomos chineses que vão se deslocar, brevemente, à localidade para o estudo dos solos.
"Identificámos os solos férteis, onde poderemos cultivar o arroz e, tão-logo, os engenheiros agrónomos chineses terminarem os últimos estudos, iremos arrancar com a produção de arroz", disse.
Liu Quong adiantou que a par do cultivo do arroz em grande escala e com sementes melhoradas, vai dedicar-se também à produção de pesticidas com a mais alta tecnologia chinesa. Avançou que no início da produção tem a previsão de criar mais de 600 empregos directos, com realce para os jovens locais.
Segundo o empresário chinês, Angola precisa de tornar-se auto-suficiente alimentarmente o mais rápido possível e a província do Cuando, principalmente no município do Cuito Cuanavale que conta com terras aráveis e recursos hídricos invejáveis para a produção agrícola em grande escala.
"Trabalhámos com o Governo angolano no processo de reconstrução do país, desde 2006, com projectos ligados aos sectores da Educação, Saúde e outras infra-estruturas de impacto social", disse, tendo sublinhado que quer contribuir para o desenvolvimento da província do Cuando.
“Os projectos a serem implementados na província do Cuando vão depender do planeamento do Governo local, no quadro das prioridades que serão traçadas em diversos sectores, para além da construção civil e agricultura”, concluiu.