O Secretário de Estado para as Florestas, João Manuel Bartolomeu da Cunha, informou nesta terça-feira que Angola possui um potencial florestal estimado em mais de 2,6 mil milhões de metros cúbicos.
A informação foi partilhada durante a 38ª edição da Sessão Temática do programa "Comunicar por Angola" do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), realizada no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), que visa reforçar a ligação entre o Executivo e os cidadãos.
Segundo o governante, o sector florestal tem registado um crescimento significativo, não apenas através da criação de reservas e da produção de madeira e mel, mas também na geração de emprego, com mais de 50 mil postos directos e cerca de 150 mil indirectos. Em 2023, o sector contribuiu com 0,1% para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
João Bartolomeu explicou que o potencial florestal do país está dividido entre florestas naturais e áreas de plantação, destacando-se as florestas densas e húmidas de alta produtividade, que representam cerca de 20% do total.
O Secretário de Estado adiantou ainda que está prevista, para este ano, a reabertura controlada da actividade de caça, limitada a fazendas de pecuária, no período de 1 de agosto a 30 de dezembro.
Relativamente aos investimentos, referiu que estão em fase de conclusão os postos de produtividade florestal em Caxito (província do Bengo) e em Maria Teresa (Ndalatando). Em outras regiões do país, será lançado em breve um concurso público para a construção de novos postos de apoio ao sector.
Para 2026, o Executivo projecta avanços significativos, com destaque para o aumento da produção de madeira em toro, estimado em cerca de 202 mil metros cúbicos, no quadro das medidas de revitalização do sector florestal.