O jornalista Romão Brandão, do jornal “O País”, foi ontem o grande vencedor da 2.ª edição do Prémio Liberdade de Imprensa, com o trabalho “O chumbo da tinta”, que retrata a importância e a necessidade de cuidar do meio ambiente.
Na sua abordagem, Romão Brandão observa que “até as pinturas das nossas casas são um chumbo”, tendo, por isso, sublinhado a importância da consciencialização da sociedade sobre os cuidados a ter com as questões ambientais. “Ainda somos mesmo ignorantes em questões ligadas ao ambiente, mar e mesmo a resíduos sólidos, daí que apelo aos colegas a investirem nos trabalhos ligados ao meio ambiente, para ver se alertamos aqueles que devem tomar alguma atitude e não tomam”, disse.
A menção honrosa foi atribuída ao portal de notícias “Maka Angola”, do jornalista Rafael Marques, tendo em conta a profundidade das matérias de jornalismo investigativo ali publicadas.
Além do troféu neste sábado atribuído, Romão Brandão vai receber um milhão de kwanzas, enquanto o “Maka Angola” fica com 500 mil.
Durante o acto de premiação, o secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Caldas, defendeu que se preste “atenção especial” aos jornalistas que, nas últimas cinco décadas e num período bastante adverso, foram os principais construtores da comunicação.
Nuno Caldas reconheceu que os jornalistas foram os principais impulsionadores da democracia em Angola e da inovação na sociedade civil.
Organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) e pelo MISA-Angola, o Prémio Liberdade de Imprensa em Angola é um reconhecimento anual dos melhores trabalhos jornalísticos que promovem a liberdade de expressão e a democracia no país.