A futura Cidade Aeroportuária, projectada para ser erguida junto ao Aeroporto Internacional Dr. António Agostinho Neto (AIAAN), na província do Icolo e Bengo, vai criar mais de 180 mil empregos em espaços modernos e sustentáveis.

Projectada para uma área habitacional de 16 milhões de metros quadrados, a cidade terá o foco virado nas actividades de carácter económico e empresarial, investigação, inovação e turismo.

Localizado a 20 quilómetros do Parque Nacional da Quissama, os acessos serão por via de transportes ferroviários, eléctricos e veículos automóveis, através do acesso ao novo aeroporto e não só.

Os fogos habitacionais serão construídos num espaço de 10 mil hectares, e vão albergar cerca de 260 mil famílias.

De acordo com o PCA da empresa pública ICB Urbe, José Paulo Nóbrega, que apresentou o Plano Urbanístico da Cidade Aeroportuária, o projecto integra ainda o Pólo de Serviços Aeroportuários e o Pólo Logístico, cujas obras já estão em curso.

O projecto, esclareceu o responsável, é de construção da cidade de longa duração, sendo que está prevista a colocação de betão armado para dar início às obras físicas no primeiro trimestre de 2026.

O engenheiro referiu que está a ser projectada uma cidade inovadora e sustentável, com uma circular verde de 42 quilómetros, incluindo, ainda, a construção de edifícios icónicos e dispositivos capazes de evitar os efeitos negativos decorrentes das alterações climáticas.

A cidade está a ser construída à volta do conceito internacional de “Metropolis”, com todos os serviços disponíveis, e da micromobilidade, com produção neutra de carbono, energia solar e de ar condicionado centralizado.

O Plano Urbanístico da Cidade Aeroportuária já está aprovado e foi apresentado, ontem, no Centro Cultural de Cadetes Dr. António Agostinho Neto, numa cerimónia que reuniu os ministros da Administração do Território e dos Transportes, Dionísio da Fonseca e Ricardo d’Abreu, respectivamente, e o governador provincial do Icolo e Bengo, Auzílio Jacob.

Há uma necessidade de crescimento da cidade em conjunto com o aeroporto e é fundamental que essa infra-estrutura atinja a dimensão para a qual foi prevista, já que os movimentos registados actualmente são insípidos à sua capacidade.

Promover a segurança da aviação civil

O ministro dos Transportes, Ricardo d’Abreu, garantiu que o Plano Urbanístico da Cidade Aeroportuária vai promover a segurança da aviação civil e o crescimento ordenado das regiões circundantes ao novo aeroporto.

O governante acrescentou que o projecto prevê garantir que o aeroporto, enquanto infra-estrutura, possa crescer de forma sustentável, na medida em que vai propiciar maior valorização e criar uma dinâmica de crescimento inclusivo.

“Existem requisitos de segurança à volta dos aeroportos que necessitam de coordenação para o desenvolvimento urbano e garantia de segurança das aeronaves”, sublinhou o titular da pasta dos Transportes.