O valor arrecadado com a venda de Títulos do Tesouro em moeda nacional fixou-se em 424,76 mil milhões de kwanzas, em Maio deste ano, tendo registado um aumento de 45,38 por cento face ao mês de Abril.
Segundo dados da Unidade de Gestão da Dívida Pública, do Ministério das Finanças, os títulos emitidos apresentaram uma yield média entre 16,30 e 17,25 por cento com maturidades que variaram entre 182 dias e 5 anos.
Em contrapartida, o montante obtido com a colocação de Títulos do Tesouro em moeda estrangeira fixou-se em 48,24 milhões de dólares, representando uma redução mensal de 59,65 por cento.
Os dados apontam que o mês de Maio registou a maior arrecadação dos últimos meses do ano em curso, seguido do mês de Março em que o valor se situou em 373, 73 e de Abril com 292, 18 mil milhões de kwanzas.
O mês Janeiro foi o período que registou o valor mais baixo com 95,24 mil milhões de kwanzas, seguido de Fevereiro com 276,06.
No que se refere à oferta monetária, medida pelos depósitos a prazo,fixou-se em 16 678,45 mil milhões de kwanzas no mês de Maio, registando um incremento de 0,32 por cento face a Abril.
No período em análise, os depósitos a prazo foram impulsionados pelos depósitos à ordem, que cresceram 0,87 por cento em termos mensais, para 8 660,27 mil milhões de kwanzas em Maio, e pelas notas e moedas em poder do público, que se fixaram em 644,62 mil milhões de kwanzas, registando um crescimento de 3,01 por cento.
Em sentido contrário, os depósitos a prazo pressionaram os à ordem ao recuarem 0,53 por cento, para 7.373,56 mil milhões de kwanzas. Este cenário reflecte o compromisso do Banco Nacional de Angola, como decisor da política monetária no país, em conter as pressões inflacionistas, apesar da trajectória de desaceleração recentemente observada e a necessidade de apoiar o crescimento económico.
Por outro lado, o contexto global marcado por elevada incerteza e pelo aumento dos custos com a energia, também, contribuiu para a manutenção da actual orientação da política monetária.
Segundo dados do Ministério das Finanças, as exportações petrolíferas em Maio fixaram-se nos 1,01 milhões de barris por dia, registando uma queda homóloga de 2,3 por cento.
Em termos mensais, apesar de um crescimento do volume exportado para 31,2 milhões de barris, as receitas de exportação registaram uma quebra na ordem dos 5,4 por cento, devido à descida do preço de exportação.
Esta queda do preço foi influenciada, em grande parte, pelos efeitos da introdução das tarifas aduaneiras no início de Abril, bem como pela actual dinâmica dos mercados internacionais.
Os efeitos destas medidas começaram a reflectir-se em Maio último, dado o intervalo entre a negociação e a execução efectiva dos contratos no mercado de futuros, podendo perdurar nos próximos meses.