O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, admitiu esta segunda-feira que a subida do preço do petróleo nos mercados internacionais "alivie a pressão" sobre as contas, permitindo manter os principais projetos do Orçamento Geral do Estado (OGE).
Questionado sobre o impacto do aumento do preço do crude, José de Lima Massano sublinhou ser "muito cedo para tirar conclusões", mas realçou que a cotação "se vai aproximando da média estabelecida para o Orçamento Geral do Estado deste ano (70 dólares), o que significa que os projetos e os programas previstos deverão prosseguir sem a necessidade, para já, de fazer acertos".
Lima Massano detalhou, à margem da 17.ª Cimeira de Negócios EUA-África que decorre até quarta-feira em Luanda, que o executivo vinha preparando um cenário de contenção, dada a queda do preço do barril registada em meses anteriores, mas o novo contexto traz alguma margem de manobra.
"Como digo, é um momento preliminar (...) Nós vínhamos já preparando um cenário de contenção da nossa despesa, de cativação até, de parte dela, e este desenvolvimento faz-nos novamente refletir, sobretudo a expectativa de ao manter-se, em média, dentro dos níveis que estabelecemos no nosso orçamento para este ano, sermos capazes de executar os principais programas de desenvolvimento económico e social para o ano de 2025", adiantou.
O governante reforçou que, apesar da melhoria do contexto, mantém a cautela na gestão das finanças públicas.