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DEFENDIDA A RETIRADA GRADUAL DOS SUBSÍDIOS DOS COMBUSTÍVEIS

  12 Aug 2025

DEFENDIDA A RETIRADA GRADUAL DOS SUBSÍDIOS DOS COMBUSTÍVEIS

A docente jubilada da Universidade José Eduardo dos Santos, Sílvia do Amaral, defendeu, há dias, na cidade do Sumbe, província do Cuanza-Sul, a necessidade da retirada gradual da subvenção dos combustíveis, para permitir mais investimento dos recursos libertos aos sectores estratégicos da economia nacional, como Agricultura, Indústria e Comércio, considerados essenciais para a auto-sustentabilidade económica do país.

A posição foi manifestada durante a entrevista, à margem da sua dissertação sobre o tema “A situação económica actual e os desafios da auto-sustentabilidade de Angola”, no Simpósio do Jubileu comemorativo dos 50 anos da Diocese do Sumbe.

Sílvia do Amaral sublinhou que, apesar da controvérsia à volta do assunto, há toda necessidade da retirada gradual do subsídio aos derivados do petróleo, face à conjuntura económica que o país atravessa, como forma de impulsionar outros sectores que garantam o crescimento económico do país.

“É necessário ter-se coragem na redução gradual da subvenção aos combustíveis para olharmos em outros segmentos da vida nacional, porque vários países desenvolveram as suas economias a partir desta política, uma vez que a manutenção de elevados subsídios aos derivados do petróleo constitui um entrave ao crescimento equilibrado do país”, frisou.

Para a docente, a redução gradual dos subsídios aos combustíveis, associada a uma política robusta de diversificação económica, representa uma forma viável para se alcançar a auto-sustentabilidade. “A combinação de investimentos estratégicos, com fortalecimento na agro-indústria, aliado ao apoio consistente ao empreendedorismo jovem, pode colocar Angola numa rota de desenvolvimento sustentado e de maior autonomia económica”, defendeu.

Segundo a académica, Angola permanece dependente do petróleo, que é responsável pela maior cifra das exportações nacionais, enquanto o sector não petrolífero representa a minoria. “Já há sinais de diversificação graças aos programas implementados pelo Executivo, mas precisamos avançar mais, sobretudo na agricultura e na agro-indústria, que podem impulsionar as exportações e reduzir a dependência das importações”, afirmou.

A professora jubilada destacou que boa parte dos produtos alimentares consumidos em Angola continua a ser importada, o que exige divisas e limita o crescimento económico interno, tendo sublinhado ser necessário a criação de um excedente de produção nacional, para impulsionar as exportações e gerar receitas adicionais, onde sectores como a Agricultura e a Agro-indústria são pilares para atingir a auto-suficiência alimentar.

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