O apelo é feito por 18 Chefes de Estado e de Governo africanos e europeus que solicitaram, ao FMI e aos credores internacionais, moratória da dívida e pacotes de assistência económica e sanitária inéditos.

Conforme os subscritores do apelo, é importante garantir que essa distribuição justa de testes, tratamentos e de vacinas seja um facto logo que estiverem disponíveis. 

Os líderes enalteceram a União Europeia pela realização de uma conferência de promessas, no próximo mês de Maio, destacando a necessidade da criação de pacote de estímulo económico de pelo menos 100 mil milhões de dólares, como foi avaliado pelos ministros das Finanças de África e pela ONU.

Pretendem, com o pacote em causa, dar aos países africanos o espaço fiscal necessário para canalizar mais recursos de saúde pública ao combate ao vírus, deste modo, mitigando as suas consequências económicas e sociais.

Consideram essencial responder ao apelo do Secretário Geral da ONU por uma iniciativa humanitária ambiciosa para a África, com base no Plano Global de Resposta Humanitária a Covid-19, e fornecer alimentos vitais e materiais logísticos às comunidades mais afectadas por confinamentos, incluindo refugiados, imigrantes e deslocados internos, distanciamento social e altas taxas de contaminação.

“Apelamos especialmente à OMS, o BM, o BDA e outras organizações de saúde relevantes, particularmente o Fundo Global, GAVI e UNITAID, para que elaborem um plano de acção conjunto, com base nos seus respectivos mandatos”, escreveram. Conforme os líderes, essa crise demonstrou como todos estão interligados. “Nenhuma região pode vencer a batalha contra a covid-19 sozinha”, acrescentam.

Para os signatários, se não for derrotada em África, a covid-19 voltará a assombrar todos, daí ser  necessário trabalho conjunto, inclusive com os parceiros do G7 e do G20, para acabar com a pandemia em todos os lugares e criar sistemas de saúde resilientes para manter os povos seguros no futuro.