Em declarações à imprensa, após a audiência concedida pelo Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, a membros da comunidade angolana, o secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas do Ministério das Relações Exteriores, Vieira Lopes, referiu ser de louvar a atitude destas irmãs, que devem merecer o apoio e reconhecimento de todos. O secretário de Estado disse haver um processo de reorganização da comunidade angolana em São Tomé e Príncipe, estando em curso um trabalho para a extensão dos serviços de atribuição do Bilhete de Identidade aos cidadãos que se encontram na diáspora. Em relação ao registo eleitoral oficioso, disse ser necessário, em primeiro lugar, o cadastramento de todas as pessoas, um trabalho que deve ser desenvolvido a par da atribuição do BI. A missionária Maria do Rosário, nascida na província de Benguela, considerou o trabalho em São Tomé e Príncipe "uma boa experiência", visto que a missão é de "ajudar irmãos”. Explicou que, ao longo dos cinco anos em que se encontra em São Tomé e Príncipe, estas têm dado aulas em distintas instituições e, com os seus rendimentos, sustentam um internato com adolescentes e jovens, na faixa dos 12 aos 20 anos, sendo pois "uma contribuição para a sociedade local”. As raparigas, que se encontram no internato, acrescentou, são provenientes de famílias desfavorecidas e praticamente não contribuem com nada. Outra das voluntárias é Suzana Marica, que destacou o acolhimento, a alegria das pessoas, a solidariedade e universalidade como características da população local, que lhe traz recordações da terá natal, Angola. Após o encontro com o Vice-Presidente da República, Suzana Marica disse esperar uma maior consolidação da ligação com a comunidade residente naquele país. Ontem foi o último dia de estadia de Bornito de Sousa em São Tomé e Príncipe, onde testemunhou, sábado, a to-mada de posse do novo Presidente, Carlos Vila Nova.