05 Oct 2021
EMPRESA PETROLÍFERA ITALIANA VAI INVESTIR 150 MILHÕES DE DÓLARES EM ANGOLA
O anúncio foi feito, esta terça-feira, pelo presidente da companhia, Claudio Descalzi, depois de ser recebido, em audiência, pelo Chefe de Estado, João Lourenço. A audiência serviu para informar o Presidente da República sobre o referido projecto, que vai absorver mais de 150 hectares de terra em várias partes do país.
O presidente da ENI esclareceu que a terra a ser utilizada não deve estar em conflito com as necessidades agrícolas alimentares do país. A planta a ser utilizada para a produção de biocombustível é a ma-mona. Trata-se de uma planta que pode ser cultivada em áreas desérticas, segundo experiências obtidas na Europa e no Norte de África.
Ontem mesmo, foi assinado um Memorando de Entendimento para o efeito, que envolve a Agência Nacional de Petróleo e Gás e a Sonangol. Segundo Claudio Descalzi, o próximo passo é seleccionar os locais certos e as diferentes áreas, começar o investimento, com a criação das áreas de plantação, que poderão chegar até 35 pólos agrícolas, de onde serão colhidos os cereais para a produção de biocombustíveis.
Inicialmente, o biocombustível a ser produzido servirá para alimentar as bio- refinarias da ENI em Itália, estando prevista, no futuro, a construção de biorefinaria em Angola, com capacidade de processar entre 200 a 300 mil toneladas por ano, dependendo da quantidade de matéria-prima.
Os biocombustíveis são fontes de energia consideradas alternativas, por serem de carácter renovável e apresentarem baixos índices de emissão de poluentes para a atmosfera. Em geral, essas fontes de energia costumam ser produzidas a partir de produtos agrícolas ou vegetais, como a cana-de-açúcar, o milho, a mamona, entre outras matérias-primas. Os principais tipos de biocombustíveis actualmente utilizados são o etanol e o biodiesel. Costumam ser utilizados tanto para a locomoção de veículos, quanto para a geração de energia.
-
Fonte:
-
Jornal de Angola | 05 Oct 2021