Franco Mufinda, que falava na habitual conferência de imprensa de actualização de dados da covid-19, disse que o país mantém os dois óbitos e 18 activos internados no centro de tratamento da Barra do Kwanza e na Clínica Girassol, em estado clínico estável.
Estão também recuperados sete pacientes, sendo que dois já receberam altas médicas.
Adiantou que 719 pessoas estão em quarentena institucional.
No intuito de conter a propagação da pandemia do novo coronavírus (covid-19), Angola observa, desde as 00h00 de domingo (26 de Abril), o terceiro período de Estado de Emergência, a vigorar até às 23h59 do dia 10 de Maio, cumprindo-se assim 45 dias consecutivos de isolamento social.
Trata-se da segunda prorrogação, de 15 dias, do regime excepcional, desta vez com um aligeiramento das medidas.
O Estado de Emergência em Angola foi decretado no dia 25 de Março pelo Presidente da República, João Lourenço, após parecer favorável da Assembleia Nacional, e vigorou de 27 de Março a 10 de Abril, tendo sido prorrogado para o período de 11 a 25 do mês corrente.
Na base do novo prolongamento da medida está a necessidade de se preservar o bem maior do ser humano, que é a vida, segundo o Chefe de Estado angolano, em mensagem dirigida à Nação.
Conforme disse João Lourenço, Angola e os angolanos têm hoje a exacta noção do quão difícil é observar o regime de confinamento a que a sociedade está forçada, pela ameaça do novo coronavírus, que já infectou 26 angolanos, com dois mortos.
No quadro da prorrogação, entre restrições e aberturas, volta a estar interdita a circulação e permanência de pessoas na via pública, e passa a ser obrigatório o uso de máscaras para todos que forem à rua ou se mantiverem em espaços públicos.
Entre as imposições, nesses novos 15 dias de cerca sanitária, permanece a obrigatoriedade de os trabalhadores escalados para prestar serviços essenciais, no sector público e privado, fazerem-se acompanhar de declarações e passes de serviço.
Libera-se o comércio geral, mas mantém-se a redução do tempo de venda dos mercados informais e ambulante, efectuadas apenas às terças e quintas-feira e aos sábados, das 06h00 às 13h00. As aulas e os cultos religiosos colectivos continuam suspensos.
Os bares e restaurantes mantêm-se fechados, autorizando-se, contudo, a movimentação inter-provincial em autocarros com até 50% da capacidade, para apenas actividades comerciais, com excepção de Luanda, por ter casos positivos.
Na vigência do regime de Estado de Emergência, a violação da quarentena obrigatória continua a constituir crime de desobediência, num período em que as ruas estarão mais movimentadas, devido ao levantamento de parte das restrições, com realce para a função pública, onde se trabalha com até 50% do pessoal.