Nesta fase pandêmica da Covid-19, o médico infecciologista António Feijó disse hoje que os pacientes de VIH/-SIDA se encontram na mesma situação de outras pessoas saudáveis em caso de contágio do novo coronavírus, desde que tenham a carga viral controlada.

Segundo o especialista que falava no espaço “Conversas sobre Covid-19 no CIAM”, reservado para questões ao vivo dos internautas das diferentes plataformas digitais do Centro de Imprensa Aníbal de Melo, o mais importante é a prevenção, não havendo necessidade das pessoas vivendo com HIV/SIDA ir frequentemente aos hospitais.

O médico de referência em VIH (Formação, Implantação do Programa PTV/SIDA) pelo Instituto Nacional de Luta contra SIDA alertou, entretanto, aqueles com carga viral muito alta para manterem o tratamento, pois o risco é maior em caso de infecção pela Covid-19, por ter imunidade comprometida clinicamente e novo contágio pode ser fatal.

O também médico do Hospital Esperança destacou o programa das autoridades sanitárias em relação a este público, razão mais do que suficiente para descartar qualquer ameaça no tratamento de pessoas com HIV/SIDA em Angola.

Para António Feijó, há uma preparação para esta pandemia do Instituto Nacional de Luta contra Sida, que traçou uma linha de acção para atender os pacientes com acompanhamento contínuo, regular e sem interrupção, durante o Estado de Emergência.

Segundo dados oficiais, em Angola, há mais de 300 mil cidadãos a viver com HIV/SIDA. Além dos idosos, hipertensos, diabéticos, pessoas afectadas por tuberculose e outras doenças, pessoas que vivem com o HIV/SIDA fazem parte do grupo vulnerável para o contágio do novo coronavírus.