por isso o médico psiquiatra Jaime Sampaio Loureiro desaconselha as pessoas que se refugiam nesta prática para enfrentar a pandemia do momento.

Interagindo com os internautas das plataformas digitais do Centro de Imprensa Aníbal de Melo, no espaço “Conversas sobre Covid-19”, hoje dedicado ao tema “as alterações psiquiátricas”, o médico chefe dos Serviços de Urgências do Hospital Psiquiátrico de Luanda não vê qualquer benefício no consumo deste líquido, antes pelo contrário…apenas malefícios.

Enumerou diversos distúrbios decorrentes desta prática, com destaque para aumento de conflitos conjugais, violência doméstica, perturbações no comportamento sexual de muitos casais, além da diminuição da capacidade do factor endócrino para protecção do organismo contra todas doenças virais, principalmente o novo coronavírus.

 De acordo com o especialista, co-produtor da estratégia da política para o combate ao alcoolismo em Angola 2010, este Estado de Emergência tem sido um “período psico-emocional de incertezas e expectativas” das pessoas, acrescido da divulgação excessiva de informações de várias fontes como redes sociais, TVs, rádios e jornais e muitas delas sem credibilidade.

Para o docente de Psicopatologia, Saúde Mental, Saúde Ambiental, Saúde Ocupacional, Saúde da Família Especial na Universidade Católica de Angola, o confinamento social deveria servir para o reforço de laços familiares e de intimidade, pelo que os cidadãos devem rever as formas de contornar a crise criada pela Covid-19, com jogos lúdicos, entre pais e filhos, mais leitura e exercícios físicos, alimentação saudável, e menos o consumo de bebidas alcoólicas.