A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, manteve nesta terça-feira, em Dushanbe, três encontros separados, com os homólogos da Zâmbia, Mutale Nalumango, e do Zimbabwe, Constantino Chiwenga, além da directora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay.
Em declarações à imprensa zimbabweana, Esperança da Costa falou da proposta do Vice-Presidente do Zimbabwe e do encontro dos ministros do sector dos dois países para se identificar soluções de modo a ultrapassar as dificuldades relacionadas com a segurança alimentar, saneamento, higiene, saúde e ambiente.
Tais dificuldades, segundo Esperança da Costa, causam instabilidade social e criam conflitos. Por isso, defendeu a necessidade de uma intervenção mais efectiva entre todos os países que fazem parte do projeto KAZA.
"Precisamos encontrar rapidamente soluções para melhorar a disponibilidade de água às nossas populações, para o desenvolvimento da agricultura, segurança alimentar, questões ligadas à melhoria da saúde e do ambiente”, sublinhou a Vice-Presidente da República, ao afirmar que o país está disponível com vista à abraçar a proposta para melhoria das questões ligadas à sustentabilidade das comunidades à volta do Projecto KAZA.
Em declarações prestadas à imprensa angolana, no final do encontro, que aconteceu à margem da 3.ª Conferência Internacional de Alto Nível sobre a Década Internacional de Acção da água, o Vice-Presidente do Zimbabwe, Constantino Chiwenga disse que abordou com Esperança da Costa, o potencial hídrico do seu país e a importância de, em conjunto, os países fazerem um melhor aproveitamento dos recursos, construir barragens e transportar essa quantidade de água para locais onde não existe.
"Vimos aqui com a uma missão muito específica, dada pelo Presidente da República do Zimbabwe, para discutirmos questões muito interessantes, uma delas inclusive relacionada com o projecto comum com Angola, que é o KAZA”, frisou.
No encontro, Constantino Chiwenga disse ainda que deu a conhecer sobre a construção no seu país, de uma barragem que vai levar água a quase cerca de 248 quilómetros de distância e conseguir alimentar e irrigar 10 mil hectares.
Segundo o Vice-Presidente do Zimbabwe, trata-se de um projecto ambicioso que tem a sua conclusão este ano, mas que o transporte da água só vai se efectivar meio ano depois. Constantino Chiwenga realçou os avanços que Angola teve, quando visitou o país há sensivelmente cinco ou seis anos, em relação aos investimentos feitos nos recursos hídricos, acesso à água às populações e à construção de estações hidroeléctricas.
De recordar que o "KAZA” é a designação do plano de desenvolvimento do projecto Okavango/Zambeze, que integra os cinco países da região Astral de África - Angola, Zâmbia, Zimbabwe, Namíbia e Botswana.