O secretário de Estado para a Indústria, Carlos Rodrigues, defendeu, em Luanda, a manutenção de taxas aduaneiras agravadas para a matérias-primas da indústria têxtil e de confecções como forma de estimular a produção de algodão pelos produtores nacionais, em função do comprovado potencial que o país dispõe para se tornar automaticamente e exportador no médio prazo.
O governante teceu estas considerações ao intervir na sessão de perguntas e respostas do 2° Fórum de Comércio Internacional Angola-2024, que decorreu em Luanda, promovido pelo Ministério da Indústria e Comércio, em que os operadores do sector estão a passar em revista as estratégias com vista a diversificar as fontes de receitas por via das exportações.
Carlos Rodrigues enfatizou o facto de Angola contar com uma das mais sofisticadas fábricas do continente africano e a capacidade produtiva comprovada em grande parte do território nacional, sem perder de vista outras grandes valências no agro-negócio, com destaque para a produção de café, numa altura que o país já arrecada consideráveis receitas com a sua exportação. Segundo o governante, as pautas aduaneiras não proíbem a importação de nenhum produto, mas apenas estabelece taxas mais agravadas para aqueles que podem ser ou já são produzidos no nosso país.
"Desta forma, estaremos a dar oportunidades aos nossos produtores a olhar para a sua produção com maior determinação e desenvolver a nossa indústria de forma sustentável", alertou.