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PESCA ILEGAL  PREOCUPA OPERADORES DO SECTOR NO PAÍS

  23 Jul 2024

PESCA ILEGAL PREOCUPA OPERADORES DO SECTOR NO PAÍS

A prática da pesca ilegal não declarada e regulamentada, praticada por cidadãos que persistem em continuar a actividade no período de veda, resultando na baixa de oferta no mercado interno está a preocupar a Associação de Pesca Artesanal, Semi-Industrial e Industrial de Luanda (APASIL).

O vice-presidente da APASIL, António Gama, disse que o sector da Pesca Industrial atravessa uma pausa biológica, que ocorre anualmente, para que o pescado se possa desenvolver em quantidade e qualidade.

O período de veda, reforçou, tinha como horizonte temporal um período de três meses, diferente deste ano, que reduziu para dois,principalmente, a pesca do carapau.

Os dois meses de pausa obrigatória, segundo o gestor, devem ser respeitados para que o pescado seja garantido após o cumprimento da veda.

Um dos exemplos do incumprimento, segundo António Gama, é o caso dos cidadãos de nacionalidade coreana, detidos recentemente em alto-mar com cerca de sete embarcações.

"Estamos preocupados, e para que seja garantido o pescado no pós veda, apelamos à fiscalização que reforce os serviços”, frisou Mário Gama.

Escassez no stock

Com relação ao stock de pescado, António Gama garantiu que a Pesca Industrial dificilmente regista escassez, pois nos últimos cinco anos atingiu os mesmos níveis de produção.

Satisfeito com as acções que o Ministério das Pescas e Recursos Marinhos tem levado a cabo em prol da defesa e protecção dos recursos, António Gama esclareceu que o mercado não regista escassez de pescado, pelo contrário, fruto das alterações climáticas os cardumes deslocam-se nas zonas mais longínquas da costa.

"Os barcos devem ser apropriados e tecnologicamente potencializados para que não corram risco de vida no alto- mar”, defendeu António Gama.

A Pesca Industrial regista resultados significativos, com uma contribuição no Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 60 por cento do mercado.

O responsável defende um preço justo nos combustíveis, que são o principal "motor” para a actividade pesqueira. Segundo avançou, na Pesca Industrial, o combustível é vendido a 940 kwanzas por litro, diferente da Pesca Semi-Industrial e a Artesanal, que está fixado nos 200 kwanzas.

A APASIL controla, na Pesca Industrial cerca de 200 associados, na Semi-Industrial , 50, e na Artesanal, mais de 150 cooperativas

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