Os preços conjuntos de doze classes de despesas essenciais realizadas pelas famílias, durante o mês de Julho, registaram um recuo de 0,39 pontos percentuais quando comparados aos do mês de Junho, segundo o mais recente Índice de Preços do Consumidor Nacional, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O indicador de medida do comportamento dos preços mostra que a inflação mensal (1,68 por cento) do mês de Julho em relação a de Junho (2,07 por cento) recuou.
Embora a variação homóloga (comparação com Julho de 2023) tenha registado uma aceleração de 18,97 pontos percentuais (pp), ainda assim, os 31,09 por cento observados em relação ao mês de Junho mostram também a menor subida do indicador de referência durante este ano.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam que, este ano, as variações homólogas (comparação com igual mês do ano anterior) mantiveram-se em alta, mas os 21,99 por cento de Janeiro em relação aos 24,07 por cento de Fevereiro revelam subida de 2,08 pontos percentuais (pp). Já de Fevereiro (24,07pp) para Março (26,09 por cento), a variação foi de 2,02pp. De Março (26,09pp) a Abril (28,20 por cento), a subida foi de 2,11pp. Em Maio (30,16 por cento), relativamente a Abril (28,20), a variação foi de 1,96 pp. De Maio (30,16) para Junho (31,00) foi de 0,84 pontos percentuais (pp). Julho (31,09 por cento) alcança então a menor variação percentual em relação ao mês anterior (0.09 pontos) e confirma a tendência iniciada em Junho, de uma subida da variação acumulada dos preços em níveis inferiores a um ponto percentual.
A classe "Alimentação e bebidas não alcoólicas” foi a que mais contribuiu na subida do nível geral de preços, com 1,12 ponto percentual em Julho, seguida por "Saúde” e "Bens e serviços diversos” com 0,09 ponto percentual cada, "Vestuário e calçado” e "Mobiliário, equipamento doméstico e manutenção” com 0,07 ponto percentual cada.
As restantes classes tiveram contribuições inferiores a 0,07 ponto percentual (pp). A par dessas, as outras classes de despesas são "Bebidas alcoólicas e tabaco”; "Transportes”; "Comunicações”; "Lazer, recreação e cultura”; "Educação”; "Hotéis, cafés e restaurantes” e "Habitação, água, electricidade e combustíveis”.
Preços em Luanda seguem em queda
Sem ser a província com a variação de preços mais baixa, a província de Luanda também confirmou a trajectória descendente que se observa no Índice de Preços no Consumidor, ao registar a taxa mais baixa (1,74 por cento) dos últimos 12 meses, apenas acima do registo de Junho de 2023.
O indicador de inflação na capital do país, em termos homológos, perde apenas para 2022 (0,71 por cento), mas ficou muito abaixo dos números de 2021 (2,28 por cento) e 2023 (2,18 por cento), segundo dados do INE.