As reformas no modelo de governação do sector mineiro e petrolífero angolano dos últimos anos têm atraído o interesse das empresas operadoras do sector, afirmou, nesta quinta-feira, em Luanda, o ministro dos Recursos Mineiras, Petróleo e Gás.
Diamantino Azevedo discursou no acto de assinatura do memorando de entendimento entre a Agência Nacional de Petróleo e Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a companhia petrolífera Shell.
O ministro afirmou que um dos motivos das empresas petrolíferas regressarem em Angola é a implementação de uma estratégia de produção e exploração, bem como a oferta permanente de blocos e mais recentemente com a produção incrementada.
Diamantino Azevedo fez saber que o Memorando de Entendimento visa criar as condições para o retorno da Shell a Angola, e proceder ao estudo e avaliação do potencial petrolífero de seis blocos, nomeadamente, 19,34, 35, 36, 37 e 43 com a finalidade de impulsionar e intensificar a reposição de reservas em Angola.
"Angola continua a ser um país de eleição para vários investidores, o retorno da Shell depois de 25 anos representa a confirmação dos esforços feitos".
O presidente do Conselho de Administração, da ANPG, Paulino Jerónimo, disse que a agência tem sido flexível na atribuição de concessões contratuais e pragmáticas em criar soluções para que os investidores tenham sucesso na actividade de exploração.
Para o vice-presidente Executivo da companhia petrolífera Shell, Eugene Okpere, Angola é um país muito importante na vanguarda do desenvolvimento de petróleo e gás no Sul da África e um grande detentor de recursos com uma geologia muito interessante.
"Estamos a olhar para Angola há muito tempo. Estivemos aqui há muitos anos. Fomos um dos primeiros a perfurar offshore e temos observado com interesse e acreditamos que agora é hora de olharmos mais de perto", revelou.