O Secretário de Estado para as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Ângelo Buta João, anunciou nesta segunda-feira a assinatura de um memorando de entendimento para a instalação da primeira Academia de Cibersegurança em Angola. O objectivo é fortalecer a formação e capacitação na área da segurança cibernética, considerada deficitária no país.
O responsável falava na abertura de um seminário sobre cibercrime e segurança, onde destacou a necessidade de qualificação de quadros para enfrentar os desafios do sector. A iniciativa será implementada pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.
De acordo com Ângelo Buta João, a academia, entre outros objectivos, vai garantir que as instituições públicas e privadas estejam capacitadas com equipas com conhecimento e ferramentas para permitir a actuação de forma preventiva ou responder de imediato a qualquer tipo de ataque em ambiente virtual.
Efectivos das Forças Armadas Angolanas e da Polícia Nacional iniciaram, ontem, uma acção de capacitação em ciberdefesa e cibersegurança, visando à formulação e execução de políticas para a protecção de dados sensíveis e das comunicações estratégicas do Estado.
O 3º Curso de Ciberespaço, Ciberdefesa e Cibersegurança, promovido pelo Instituto de Defesa Nacional (IDN), decorre até Sexta-feira, e foi aberto pelo secretário de Estado para as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Ângelo Buta João.
Na ocasião, o governante destacou o compromisso do Ministério da Defesa Nacional na formação contínua dos efectivos, considerando-a essencial para a defesa da Pátria, a consolidação da democracia e a manutenção da paz e estabilidade no país.
Entre os objectivos da formação, Ângelo Buta João apontou a identificação e análise de ameaças no ciberespaço, a protecção de infra-estruturas críticas e a aplicação de práticas de cibersegurança no contexto nacional.
O responsável destacou ainda a assinatura de um memorando de entendimento para a instalação da primeira Academia de Cibersegurança em Angola, que permitirá doptar instituições públicas e privadas de equipas especializadas na prevenção e resposta a ataques cibernéticos.
Já o director-geral do Instituto de Defesa Nacional, vice-almirante António Miranda alertou para os riscos da interconectividade global, salientando que as ameaças cibernéticas podem comprometer a defesa nacional e a soberania digital do país, tornando essencial o aprofundamento do conhecimento teórico e prático sobre o tema.