Para o efeito, o Governo angolano e a companhia “Sun África” assinaram segunda-feira, em Washington, um memorando de entendimento para a execução do projecto, que consiste na electrificação de todas as sedes municipais e principais comunas do país.
Segundo o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que assinou o documento pela parte angolana, na presença do Presidente da República, João Lourenço, o objectivo é fornecer energia eléctrica e água à população e potenciar o surgimento de empreendimentos económicos.
“A electrificação vai ser feita quer por soluções convencionais, com a extensão de linhas e a construção de subestações, quer utilizando energia solar, área em que os Estados Unidos da América são um dos países líderes em instalação desses sistemas, principalmente nas regiões recôntidas, onde essa solução é a mais disponível e acessivel”, afirmou.
Acrescentou que o projecto inclui também a instalação de sistemas de abastecimento de água.
Segundo o ministro, a “Sun Africa” vai mobilizar os recursos financeiros junto do EximBank dos EUA, para cobrir as necessidades do projecto, que vai atender uma vasta área do sul do país, onde há grande dispersão populacional e enormes dificuldades em fazer chegar energia eléctrica e água.
Disse que assim que forem assinados os contratos, será definido o período de execução, sublinhando que pela experiência que tem de outros trabalhos com a “Sun Africa”, como a construção em curso de parques fotovoltaícos em Banguela, o presente projecto poderá ser implementado em dois anos.
De acordo com o governante, o memorando é reflexo da importância que os EUA atribuem à cooperação com Angola, a credibilidade que merece actualmente o país junto das instituições financeiras americanas e também demonstração da prioridade que o Executivo angolano dá à expansão do acesso à energia eléctrica e à água.
O memorando foi rubricado à margem de uma mesa redonda sobre investimentos em Angola, uma iniciativa da Câmara de Comércio Estados Unidos da América-Angola.
Relativamente à mesa redonda, o presidente da Câmara de Comércio EUA-Angola, Pedro Godinho, fez um balanço positivo, sustentando que muitas empresas americanas que antes não participavam em eventos de Angola estiveram “em peso” no evento.
Justificou essa mudança de comportamento com as reformas em curso em Angola, principalmente o combate à corrupção, bem como a credibilidade que o país passou a granjear junto de instituições como o Fundo Minetário Internacional e o Banco Mundial.