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CHEFE DE ESTADO DISCURSA NA SEDE DAS NAÇÕES UNIDAS

  27 Sep 2021

CHEFE DE ESTADO DISCURSA NA SEDE DAS NAÇÕES UNIDAS
A intervenção do Chefe de Estado, de cerca de 15 minutos, está prevista para o período da manhã aqui nos Estados Unidos, tarde em Angola. Vai ser a quinta intervenção do dia, depois do Presidente cubano e antes do de Burkina Faso. É a quarta vez que João Lourenço discursa nesta tribuna mundial. A primeira foi em 2018, um ano depois de assumir as funções de Presidente da República. O discurso do estadista angolano completa a participação dos líderes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) na tribuna das Nações Unidas, aberta, ontem, pelo Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que foi sucedido por Umaro Sissoco Embalo, da Guiné-Bissau. De acordo com a ONU News, São Tomé e Príncipe e Moçambique vão estar representados pelos ministros dos Negócios Estrangeiros. Há expectativa em relação aos temas a serem privilegiados pelo Chefe de Estado, que detém, igualmente, a presidência rotativa da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL). Na última Assembleia-Geral da ONU, decorrida de forma virtual, por causa das limitações impostas pela pandemia, o Presidente João Lourenço dedicou parte do discurso à Covid-19. Na altura, destacou o facto de a doença ter paralisado toda a dinâmica perspectivada em termos de retoma da economia mundial, que após a crise económica, iniciada em 2008, já dava sinais animadores de recuperação, sobretudo em países em vias de desenvolvimento, tal como é o caso de Angola. O Presidente apontou, como uma das medidas para aliviar a situação, o investimento directo nas economias dos países em vias de desenvolvimento, como a grande equação para o crescimento económico e desenvolvimento, bem como o alívio da sua dívida, pelo G-20. Afirmou que este objectivo poderia ser alcançado se os países desenvolvidos se mobilizassem no sentido de criarem fundos de apoio ao investimento em África, a serem utilizados pelos seus investidores interessados em realizar negócios no continente africano, produzindo bens e serviços para o consumo local e exportáveis. Outro assunto que também mereceu a atenção do Presidente, naquele discurso, foi a situação de paz e segurança em África, onde muitos países enfrentam o fenómeno do terrorismo internacional, expansão do fundamentalismo religioso e conflitos pós-eleitorais. Defendeu a necessidade de as Nações Unidas procurarem interpretar, com isenção, os factores na origem das tensões políticas internas decorrentes dos processos eleitorais e assumir posicionamentos que não ignorem os Governos legitimamente estabelecidos, mas que reforçassem a capacidade de intervir para a resolução dos problemas que garantam o funcionamento normal das instituições. João Lourenço defendeu, igualmente, a necessidade urgente de se reestruturar a ONU, de modo a se alcançar uma composição do Conselho de Segurança que melhor reflicta a representatividade dos povos, das nações e dos continentes. Covid-19, tema actual O Chefe de Estado pode voltar a referir-se à Covid-19, sobretudo à questão da distribuição das vacinas em África, por ser um assunto que preocupa o continente, dado o número exíguo de pessoas vacinadas até agora, bem como pelo facto de a pandemia ser o assunto de maior destaque a nível internacional.
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