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UM MONTANTE DE 2,2 MILHÕES DE EUROS VAI SER DISPONIBILIZADO AOS JOVENS EMPREENDEDORES

  13 Jul 2025

UM MONTANTE DE 2,2 MILHÕES DE EUROS VAI SER DISPONIBILIZADO AOS JOVENS EMPREENDEDORES

Os Países Baixos têm disponível um total de 2,2 milhões de euros para financiar jovens empreendedores, sobretudo raparigas, nas províncias de Luanda, Huambo, Bié e Namibe, no âmbito do projecto de desenvolvimento do Corredor do Lobito.

A informação foi prestada, recentemente, ao Jornal de Angola, pelo embaixador dos Países Baixos, Tsjeard Hoekstra, à margem da digressão feita por uma delegação de diplomatas da União Europeia às províncias do Huambo e Bié.

De acordo com o diplomata, os Países Baixos criaram, no ano passado, um programa denominado “Orange Corners”, que tem por objectivo apoiar financeiramente os jovens que apresentarem ideias para o empreendedorismo, com maior ênfase no agro-negócio.

Tsjeard Hoekstra referiu que cada empreendedor pode receber de forma faseada até 50 mil euros, que vai permitir criar o próprio negócio, ter salário durante um período extenso, bem como encontrar parceiros comerciais a nível provincial, nacional ou em países vizinhos.

A implementação do projecto, frisou o diplomata, é fruto de um estudo feito em Angola, cujos resultados revelaram o interesse da juventude, especialmente das raparigas, em ter o seu próprio negócio, mas por falta de financiamento são impossibilitados de o concretizar.

O programa Orange Corners, ressaltou Tsjeard Hoekstra, é uma iniciativa global, apoiada pela Embaixada dos Países Baixos e está presente em 20 países, com o objectivo de financiar a criatividade empreendedora no seio da juventude.

No país, o programa Orange Corners é implementado em parceria com a Incubadora Acelera Angola, que disponibiliza um programa de treino e orientação para startups, incluindo acesso a financiamento para estimular a inovação, inclusão económica e empoderamento juvenil.

Abacate de Angola é “ouro verde”

O embaixador dos Países Baixos em Angola, Tsjeard Hoekstra, disse que o seu país encara de forma muito especial Angola e, por isso, está a focar-se no desenvolvimento da plataforma logística da Caála, província do Huambo.

Segundo Tsjeard Hoekstra, os Países Baixos são muito fortes na logística e também na agricultura, reconhecido internacionalmente, o que quer dizer que “temos conhecimentos, experiência e know-how para partilhar com Angola”.

Independentemente de existirem muitos recursos minerais na RDC e Zâmbia, frisou Tsjeard Hoekstra, os holandeses estão muito mais interessados no que vai acontecer (produzir) nas cinco províncias angolanas ao longo do Corredor do Lobito, com destaque para o Huambo e o Bié.

Quanto à produção de abacate, que em breve Angola vai exportar para os Países Baixos, o diplomata referiu que o seu país apoiou o projecto com um milhão de euros para incentivar a sua produção no Centro-Sul de Angola.

Segundo o embaixador dos Países Baixos, o abacate produzido em Angola, precisamente no Huambo e Bié, “é ouro verde”, razão pela qual o produto tem mercado na Europa durante todo o ano, olhando pela sua qualidade em comparação com os produzidos noutras partes do mundo.

Jovens agricultores pedem apoio técnico

Geremias Alfredo, agricultor de milho, feijão e tomate no município do Chinguar, manifestou o desejo de ver instaladas máquinas para a transformação do tomate, uma vez que grandes quantidades acabam por apodrecer por falta de escoamento e logística de conservação.

Segundo o jovem, a implementação do projecto do Corredor do Lobito é uma das grandes oportunidades para os produtores locais, olhando para o potencial que o mesmo vai proporcionar à economia local e nacional.

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