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PROCESSO DE ELECTRIFICAÇÃO É DOS PILARES FUNADAMENTAIS  PARA CRESCIMENTO ECONÓMICO

  20 May 2025

PROCESSO DE ELECTRIFICAÇÃO É DOS PILARES FUNADAMENTAIS PARA CRESCIMENTO ECONÓMICO

O processo de electrificação constitui um dos pilares fundamentais para o crescimento económico das micro, pequenas e grandes indústrias, com impacto directo no custo dos produtos e na competitividade da economia nacional, declarou nesta segunda-feira, em Luanda, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.

A posição foi expressa pelo governante ao intervir no 2º Fórum Nacional de Juventude com o tema "Processo de electrificação nacional e o seu impacto nas micro e macro indústrias" em que considerou de relevante o projecto de interligação a província de Cabinda, norte de Angola, à rede eléctrica nacional.

O responsável disse, por outro lado, que Angola regista actualmente uma taxa de electrificação na ordem dos 44 por cento, sendo nas zonas rurais observada o acesso inferior a dez por cento. Esta disparidade, segundo esclareceu, constitui um entrave ao desenvolvimento inclusivo e limita o aproveitamento do potencial económico fora dos grandes centros urbanos.

Entre os principais desafios, João Baptista Borges considerou a reposição de infra-estruturas eléctrica degradadas fruto do conflitos armados, a dependência de fontes fósseis com custos elevados, as perdas comerciais devido a ligações ilegais e as falhas na gestão da rede, bem como as limitações na capacidade de transmissão para as províncias da Huíla, Namibe, Cunene e regiões do Leste do país.

Apesar dos obstáculos, referiu, existe progresso no sector, designadamente a entrada em funcionamento da barragem de Laúca, a interligação progressiva dos sistemas regionais e os investimentos em energias renováveis, com realce aos projectos em curso nas zonas do Cunje e Matala, nas províncias do Bié e da Huíla respectivamente.

Enfatizou, igualmente, a electrificação como um factor determinante para o desenvolvimento social e económico, ao facilitar o funcio- namento de escolas, unidades de saúde e produtivas, com grande contributo da juventude neste processo, enquanto motor da inovação, do empreendedorismo e da mudança.

”Queremos que um jovem de Luanda, do Bié, do Uíge ou do Namibe, possam transformar ideias em negócios, com energia estável e a baixo custo, porque a energia não serve apenas para acender lâmpadas, mas também para acender os sonhos", disse.

Parcerias público-privadas

No âmbito do Plano Angola Energia 2025, o Executivo estabeleceu metas ambiciosas até 2027, cuja meta é de estimular as parcerias público-privadas com vista à atracção de capital, inovação e eficiência.

O governante assinalou o objectivo de atingir mais de 50 por cento de cobertura nacional, garantir acesso à energia eléctrica para milhões de angolanos, elevar a taxa de electrificação rural para cima de 30 por cento, reduzir perdas técnicas e ligações ilegais, bem como modernizar a rede com tecnologia inteligente.

Convidado a intervir no segundo painel que abordou “As dificuldades do acesso das indústrias e mini-indústrias no sistema de electrificação nacional, e a in- fluencia nos preços dos produtos”, o presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, classificou de importante a iniciativa do Governo destinada a promover as Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), através de energias limpas e baratas.

Estes mecanismos, disse, ajudam as empresas a desenvolver actividades económicas para beneficiar as famílias a nível nacional.

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