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CIMEIRA ESTADOS UNIDOS – ÁFRICA

  27 Jul 2022

CIMEIRA ESTADOS UNIDOS – ÁFRICA

O Presidente da República avaliou, esta terça-feira, em Luanda, com o embaixador dos Estados Unidos da América (EUA), em Angola, pormenores relativos à realização da cimeira EUA-África, a decorrer em Washington, de 13 a 15 de Dezembro deste ano.

A cimeira anunciada, recentemente, pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, visa colocar a mesma mesa líderes africanos e norte-americanos, para a discussão de questões de interesse comum, com vista ao fortalecimento das relações entre os dois continentes.

Em declarações à imprensa, no final da audiência, que decorreu no Palácio Presidencial da Cidade Alta, o diplomata norte-americano, Tulinabo Mushingi, disse que a solicitação para designação do "ponto focal" angolano para coordenar os detalhes da realização da cimeira com o Governo do seu país foi "prontamente" acolhida pelo Presidente João Lourenço.

"Vamos continuar a discutir todos os detalhes da cimeira com o ponto focal indicado pelo Presidente João Lourenço", referiu Tulinabo Mushingi, para quem o evento não será apenas aquilo que os Estados Unidos querem debater, mas o que os africanos desejam discutir, sobretudo a forma para continuar a avançar com as parcerias, rumo ao progresso de ambos os lados.

O embaixador norte-americano elogiou o apoio e empenho do Presidente da República, com vista a resolução da instabilidade na região dos Grandes Lagos, com destaque para o conflito armado entre o Rwanda e a República Democrática do Congo (RDC).

"Angola está a investir bastante esforço para ajudar a resolver o conflito na Região dos Grandes Lagos. Por isso, estamos felizes", exteriorizou Tulinabo Mushingi .

Aposta no investimento

O embaixador dos Estados Unidos da América disse, também, ter avaliado com o Presidente da República a possibilidade de dezasseis novas companhias norte-americanas investirem no país, em diferentes sectores económicos.

Tulinabo Mushingi defendeu a promoção de investimentos privados ou público-privados, salientando que estes garantem emprego e transferências tecnológicas. "Queremos contar com o apoio do Governo angolano para a criação de ambiente empresarial e atrair, cada vez mais, companhias privadas norte-americanas em Angola", sustentou.

O diplomata referiu, a propósito, que o valor de 2 mil milhões de dólares, anunciado pelo Presidente Joe Biden, para apoiar projectos de energias renováveis em diversas regiões angolanas, já está a ser operacionalizado através da companhia norte-americana Sun África, que, conjuntamentecom outras construtoras, participou na edificação das primeiras centrais fotovoltaicas no país, nomeadamente a do Biópio e a de Baía Farta, na província de Benguela, recentemente inauguradas pelo Presidente João Lourenço.

Ao referir que o encontro com o Chefe de Estado também serviu para avaliar o actual estado das relações bilaterais, o diplomata norte-americano lembrou que as companhias norte-americanas que pretendem investir em Angola cumprem pressupostos que assentam na criação de emprego, transferência de tecnologias, uso de conteúdos locais e mantêm a transparência nos contratos.

O embaixador dos EUA manifestou-se satisfeito pelo facto do Presidente João Lourenço ter inaugurado as duas centrais fotovoltaicas na província de Benguela, que vão produzir energia limpa e barata, que já beneficia mais de um milhão de cidadãos.

Lembrou que as companhias norte-americanas que trabalham em território angolano em prol da produção de energias limpas e conservação do ambiente, pretendem, sobretudo, ajudar a promover a iniciativa do Presidente Joe Biden, consubstanciada na criação de parcerias para investir na construção de grandes infra-estruturas, bem como promover a preservação do ambiente.

Apontou a prosperidade partilhada, segurança marítima e sanitária e a boa governação como pontos fundamentais ao longo do seu mandato em Angola, ao mesmo tempo que assegurou que o Governo norte-americano vai continuar a apoiar Angola no combate contra a pandemia da Covid-19, através da oferta de vacinas.

Apoio às eleições

O embaixador dos Estados Unidos da América em Angola disse que o seu país acompanha, há muito tempo, o processo eleitoral angolano, para o qual disponibilizou "apoio financeiro modesto" de pouco mais de quatro milhões de dólares.

Tulinabo Mushingi indicou que o financiamento ajudará a promover actividades com vista a promoção da tolerância política e aceitação das diferentes regras do jogo pelos concorrentes, para que no final do pleito vencedores e vencidos se lembrem que todos são filhos da mesma Pátria e devem continuar a trabalhar juntos para fazer de Angola um modelo mundial, em termos de realização de pleitos eleitorais.

Reformas positivas

As reformas políticas, sociais e económicas implementadas em Angola, iniciadas há pouco mais de cinco anos, já estão a produzir resultados positivos, reconheceu o diplomata dos Estados Unidos da América.

"Estou em Angola há quatro meses, e já vi que há alguns sinais de resultados positivos nas reformas que o Governo angolano começou a implementar em poucos anos", afirmou o embaixador, acrescentando que ao longo dos últimos cinco anos pode sentir-se a diferença. "Só não vê quem não quer", realçou o diplomata, que apelou para o reconhecimento das realizações "positivas" em Angola.

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