Dezanove bolseiros angolanos matriculados nos níveis de licenciatura, mestrado e doutoramento em dez diferentes universidades húngaras foram recebidos, terça-feira, pela Missão Diplomática angolana em Budapeste, no âmbito do Memorando de Intercâmbio Educacional entre ambos os países e no qual se insere o Programa de Bolsas de Estudo Stipendium Hungaricum.

No encontro de boas-vindas aos novos bolseiros, que se vão juntar aos outros 115 estudantes que frequentam o ensino superior na Hungria pelo mesmo programa, o embaixador da República de Angola naquele país, José Filipe, referiu-se aos universitários recém-chegados como "verdadeiros sobreviventes”, em alusão aos "rigorosos” critérios académicos de selecção que culminaram nos exames finais de admissão, todos definidos exclusivamente pelas universidades.

"O nosso apelo, enquanto Embaixada, vai no sentido de dignificarem o nome do país, pelo vosso empenho, conduta exemplar, de tal forma que os húngaros, e não só, conheçam Angola a partir da vossa forma de ser e estar”, exortou.

Aos 19 bolseiros, que estarão em dez diferentes universidades e um instituto superior, José Filipe lembrou que "a nova fase da vida académica deve, além da dedicação e disciplina, reflectir a cultura e os bons costumes angolanos, para que os estudantes sejam verdadeiros "embaixadores” de Angola”.

Os estudantes chegaram no domingo, 11, acompanhados por dois quadros do INAGBE, e vão frequentar o ano lectivo 2022-2023 nos cursos de Medicina, Agronomia, Engenharia Mecânica, Engenharia Química, Ciências da Computação, pilotagem profissional, Arquitectura e Economia, em dez diferentes universidades e um instituto superior.

O Programa de Bolsas de Estudo Stipendium Hungaricum, do qual Angola beneficia desde 2014 e foi renovado de forma bilateral em 2020, é integralmente patrocinado pelo Governo da Hungria. Trata-se de uma iniciativa destinada a países em desenvolvimento e visa mostrar o potencial académico das universidades húngaras ao mundo.