As obras de construção do Porto de Águas profundas do Caio, em Cabinda, passam a ter a partir de agora, maior celeridade, com o início do processo de dragagem do canal de acesso e da bacia de manobras do cais.
O processo de dragagem está a ser feito por uma draga incorporada a um monstruoso navio, pertencente à empresa "Draimair”, contratada pela empresa construtora do Porto de Águas profunda do Caio a CRBC de origem chinesa.
Segundo entidade fiscalizadora da obra, o canal de acesso, terá 15,7 metros de profundidade enquanto a bacia de manobra do porto, terá 14 metros de profundidade.
O navio tem a capacidade de dragagem de 2.400 metros quadrados por hora e, a areia que está a remover do fundo do mar, está a ser colocada e em seguida compactada numa área de aproximadamente 400 mil metros quadrados, onde segundo os idealizadores do projecto, vai servir para implantar todas as infra-estruturas operacionais do porto
. O lançamento dos trabalhos de dragagem com a duração de dois meses, foi testemunhado por altos membros do governo da província, com destaque para os vice-governadores para o sector Político e Social, Miguel dos Santos de Oliveira, dos Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Guilherme Pereira, membros do Conselho de Administração do Porto de Cabinda e autoridades tradicionais do município sede (Cabinda).
O presidente do Conselho de Administração do Porto de Cabinda, José Kuvingua, considerou o início do processo de dragagem, como sendo um marco importante no desenvolvimento do projecto, já que, reforçou, com a chegada da draga, "veio acelerar até certo ponto o trabalho que por si só, já teve um certo incremento desde o início deste ano”.
"A draga veio fazer a limpeza dos fundos, ou seja, remover o material desnecessário para o assoreamento da futura área de instalação do terminal”, disse o gestor.
Segundo o PCA do Porto de Cabinda, com o processo de dragagem, estão, assim, criadas as condições para o avanço normal e regular dos trabalhos de construção do Porto de Águas profundas do Caio, por um lado, e por outro, a certeza de que as obras serão concluídas na data prevista, isto é, em Dezembro de 2024.
Em termos de execução física do projecto, José Kuvingua, informou que, os trabalhos andam a volta de pouco mais de 35 por cento. "Essa margem de execução apesar de ser pouca, mas devemos recordar que, se trata de uma grande obra”, disse o PCA do Porto de Cabinda, para lembrar que, a percentagem acima anunciada, já permitiu executar várias empreitadas entre elas o "molho de acesso com pouco mais de dois quilómetros, incluindo o braço que vai constituir a parte do terminal com mil e duzentos e cinquenta quilómetros”.
José Kuvingua, reiterou que, as partes, quer o proponente do projecto (governo) quer o empreiteiro, estão a cumprir com todas as etapas preconizadas, reiterando que "a chegada da draga veio claramente demonstrar esse facto”, notou.