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ESTADO DISPONIBILIZA 40 MILHÕES DE DÓLARES PARA A MODERNIZAÇÃO DA RÁDIO NACIONAL

  05 Oct 2022

ESTADO DISPONIBILIZA 40 MILHÕES DE DÓLARES PARA A MODERNIZAÇÃO DA RÁDIO NACIONAL

O Estado angolano disponibilizou 40 milhões de dólares para o programa de modernização da Rádio Nacional de Angola (RNA), que vão permitir sair dos actuais 52,77 por cento de cobertura para 95, anunciou, esta terça-feira, em Luanda, o presidente do Conselho de Administração da empresa.

Pedro Afonso Cabral realçou, em entrevista exclusiva ao único diário do país, por ocasião do 47º aniversário da RNA, a ser celebrado nesta quarta-feira, com a implementação do programa é possível melhorar a cobertura do sinal de rádio, em especial nas zonas com maior aglomerado populacional.

Os 40 milhões de dólares, explicou, marcam o início da era da modernização da RNA, "que pode incluir, numa primeira fase, cinco províncias do país”. "Vamos usar a verba para apostar, também, na expansão do sinal e modernização dos estúdios”, referiu.

O presidente do Conselho de Administração disse que a verba vai permitir, igualmente, a empresa automatizar os equipamentos, para ter uma rádio mais ampla, global, plural, capaz de satisfazer a opinião de todos. "A empresa está em crescente evolução e o objectivo é sermos ouvidos a nível nacional”, assegurou.

Pedro Cabral lembrou não ser possível, nesta fase, o grupo RNA, cobrir todo território nacional, devido a dimensão do país e os parcos recursos da empresa. "Ainda não é possível termos antenas para cobrir todo o país. Esperamos minimizar o problema com a verba disponibilizada”, disse, além de acrescentar que a Rádio Nacional está a mais de oito anos sem receber apoios para investimentos.

Quanto a perda de alguns programas de referência, com carácter didáctico, o PCA da RNA explicou que o jornalismo é dinâmico e em nenhum momento retiraram a carga didáctica dos programas. "Temos programas diários com temáticas didácticas”, referiu, adiantando que a nível de quadros, a empresa conta com um número de colaboradores correspondente a 1.795 trabalhadores em todo o país.

"Somos financiados a 100 por cento pelo Estado e deste valor, 98 por cento, servem para custear despesas com o pagamento dos salários. Os dois por cento restantes são para a manutenção dos meios, assim como outros serviços”, esclareceu.

A empresa

O grupo RNA, revelou, conta com cinco rádios nacionais, entre elas o Canal A, Ngola Yetu, Rádio Cinco, Online e Cultura, está última a evoluir como um canal nacional. "A empresa tem 18 rádios provinciais, sete municipais, três regionais, 29 centros de produção e 80 repetidores espalhados por todo o país”.

Em termos de emissores, que são os sinais de propagação, contamos com 132. "Só a Rádio Cinco conta com 43 emissores, a Ngola Yeto 20 e as estações províncias têm 46”, explicou, além de adiantar que no domínio técnicos e tecnológicos, a RNA superou imensas etapas e alargou o sinal e a cobertura pelo país.

Pedro Cabral disse que com a evolução do sistema "streaming”, cuja experiência foi um sucesso em Cabinda, têm conseguido aumentar o grau de cobertura de transmissão. "Em Cabinda, com este serviço, o sinal chega aos países vizinhos”.

Embora satisfeito com os avanços, o PCA da RNA lembrou que existem no país localidades, onde o sinal da rádio nunca chegou. "A aposta tem sido usar o ‘streaming’. Temos um caso do município do Alto Zambeze que é o maior município do país, onde a propagação do sinal não abrange toda a zona”.

O Conselho de Administração da empresa, reforçou, está a trabalhar na resolução dos problemas existentes em alguns municípios, como é o caso do Alto Zambeze, no Moxico.

"A empresa tem procurado se adaptar, na medida que alguns quadros vão à reforma, apostando nos mais jovens, em especial os com elevado grau de experiência. Temos tido negociações com os reformados, para estes num prazo de três a seis meses, passarem os conhecimentos aos novos jornalistas, como forma de garantir a continuidade”, adiantou.

Pedro Cabral assegurou que a nova vaga de jornalistas estão a corresponder com as expectativas, com o apoio dos veteranos reformados.

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