O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, elogiou, este sábado, na cidade do Lubango, província da Huíla, o processo de modernização em curso nos órgãos de imprensa, quer públicos, quer privados.
O governante, que falava à imprensa no final da sua visita à Huíla, onde inaugurou a estação automatizada de medição dos parâmetros meteorológicos em altitude (ROBOTSANDA), disse que com a necessidade da expansão dos órgãos de comunicação social em todo o país, existem, hoje, condições técnicas que permitem que tal processo aconteça o mais rápido possível.
"Relativamente à comunicação social, temos estado a desenvolver, desde há um tempo a esta parte, um conjunto de projectos que estão a permitir modernizar a Edições Novembro, Televisão Pública de Angola (TPA) e Angop. E estamos a trabalhar no projecto da Rádio Nacional de Angola (RNA)”, informou.
Na RNA, disse, o processo vai incluir não só a modernização dos estúdios, mas também dos emissores e todo o sistema de apoio à sua expansão.
Com o processo de modernização em curso nos órgãos públicos, reconheceu, há províncias onde a cobertura aumentou significativamente nos últimos meses, apontando, a título de exemplo, Cabinda. Segundo o ministro, a cobertura da RNA na província mais a Norte do país aumentou de 40 para 98 por cento, comparativamente aos anos anteriores, garantindo que se trata de um processo que decorre sem sobressaltos.
"Estamos a caminhar com passos seguros e com calma, já que estamos, igualmente, a formar os quadros que permitem manter e sustentar a tecnologia de ponta que está a ser instalada neste momento”, afirmou. Além da preocupação com a instalação de equipamentos, o processo de modernização do sector acontece também com a formação dos recursos humanos.
O valor gasto no processo de modernização da meteorologia (60 milhões de euros), exemplificou, tem, igualmente, uma componente de formação de quadros.
"Hoje, temos técnicos certificados a nível da Meteorologia e outros com certificados a nível internacional no que toca ao projecto do satélite”, salientou Mário Oliveira, destacando o facto de hoje termos, também, um leque de jovens certificados internacionalmente no que toca à ciência espacial.
O ministro disse ter sido feito, também, um investimento a nível do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR). A potenciação do CEFOJOR, referiu, vai permitir que os técnicos acompanhem a formação e a tecnologia. "Quando falamos na formação de quadros, o processo é abrangente a todos e não apenas para jornalistas”, esclareceu.
Relativamente à remuneração dos funcionários do sector que dirige, Mário Oliveira afirmou que a componente salarial faz parte de todo um ecossistema da melhoria das condições socioeconómicas dos trabalhadores.
O ministro lembrou que o qualificador ocupacional já começou a ser aplicado em alguns órgãos, devendo ser estendido a outros.
Operacionalidade do Satélite Angolano
Os processos relacionados com a operacionalidade do Satélite Angolano (ANGOSAT 2) estão em perfeitas condições, garantiu, ontem, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.
Segundo Mário Oliveira, o Angosat 2 encontra-se numa fase de testes porque todos os processos relacionados com a sua operacionalização estão em perfeitas condições.
"O Angosat 2 está na sua órbita e está a funcionar normalmente, conforme foi concebido. Estamos a fazer testes em terra e também a preparar-nos para a instalação de sites remotos em algumas províncias do país, para aumentarmos esses testes”, adiantou.
O ministro disse estar-se, também, a trabalhar no processo de comercialização dos serviços do Angosat 2, que é monitorado, controlado e operado a partir do Centro de Monitorização de Satélites, instalado na localidade da Funda, município de Cacuaco, em Luanda.