Os ensaios dos trabalhos em curso na Barragem do Luachimo ficam concluídos em Fevereiro do próximo ano, data também estabelecida pelo Executivo para a entrada em pleno funcionamento do novo aproveitamento hidroeléctrico, garantiu, este sábado, no Dundo, o secretário de Estado da Energia.

Em declarações à imprensa, no final da visita de dois dias de constatação às obras, António Belsa da Costa adiantou que a barragem vai permitir o reforço da capacidade de produção de 8.4 para 34 megawatts, garantindo a regularização do fornecimento de energia à cidade do Dundo, na província da Lunda-Norte, e não só.

Neste momento, disse, a infra-estrutura está com duas turbinas em funcionamento e a produzir 9.5 megawatts. Com este volume da capacidade de produção de energia, referiu, vai ser possível transportar o serviço para outras paragens, concretamente os municípios do Cambulo e Lucapa, incluindo as respectivas localidades diamantíferas.

O Ministério da Energia e Águas, segundo o secretário de Estado Belsa da Costa, projecta a recuperação das antigas subestações nos municípios do Cambulo e Lucapa para que sejam abastecidas com a energia do Luachimo, devendo contar com uma linha de transporte de 90 quilómetros para as vilas mineira do Nzagi, Fucauma, Cassanguidi, com 60/30, 10 e 20 KVA, respectivamente.

Todas as subestações em referência estão destruídas, daí que a recomendação do Executivo passe pela reabilitação das mesmas, incluindo a substituição das torres de transporte de energia, afirmou o secretário de Estado.

Antes do início dos trabalhos, sublinhou, o Governo provincial deverá fornecer, ao Ministério da Energia e Águas, o mapa das áreas desminadas, para permitir às empresas realizarem as suas actividades sem qualquer tipo de incidente, tendo em conta que as linhas de transporte estão ao longo de estradas nacionais.

Nesse momento, disse, a Barragem do Luachimo está a funcionar com os grupos 3 e 4, mas ao longo do período em referência tem havido disparos nos aparelhos, cuja situação está a ser resolvida, com vista à remoção dos constrangimentos.

"Temos já em funcionamento, o grupo 4 e 3 e ao longo deste período tem se verificado alguns disparos dos aparelhos, causas essas identificadas de forma a serem resolvidas de imediato. Estamos num período em que se aproximam as festas em quase todos os países do mundo. Por isso, pretendemos evitar as paralisações das máquinas”, afirmou António Belsa da Costa, acrescentando que, em dois meses, os problemas poderão ser ultrapassados.

Durante a agenda de dois dias de trabalho na Lunda-Norte, o secretário de Estado visitou, também, as antigas subestações eléctricas nas localidades diamantíferas do Fucauma e Cassenguidi, no município do Cambulo.

O Jornal de Angola sabe que as obras da hidrioélectrica do Luachimo estão avaliadas em 212 milhões de dólares e que com a entrada em funcionamento do empreendimento, mais de dez mil famílias vão ter acesso à energia eléctrica aí produzida.