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PAÍS TEM UMA ÁREA CULTIVADA DE 4,23 MILHÕES DE HECTARES

  23 Jan 2023

PAÍS TEM UMA ÁREA CULTIVADA DE 4,23 MILHÕES DE HECTARES

A área cultivada nas explorações familiares a nível de todo o país é de 4,23 milhões de hectares, segundo o mais recente levantamento publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No Recenseamento Agropecuário e Pescas (RAPP), realizado pelas 18 províncias de Angola, foi apurada uma área média cultivada por explorações familiares de 1,85 hectares. O Huambo é a província que apresenta a maior quantidade de área cultivada, com 804 815 hectares (cerca de 19 por cento do total nacional).

Em relação à fertilidade dos solos, o INE levantou que 228,5 mil famílias usam adubos, com destaque para Huambo (29 por cento), Luanda (28) e Cuanza-Sul (18). Há ainda outras 328,7 mil explorações familiares que utilizam o sistema de rega para a plantação, onde 52 por cento faz-na através de baldes, regadores e valas.

No período 2019-2020, o recenseamento do INE apurou que 2,27 milhões de explorações familiares cultivaram na primeira época (que se inicia em Setembro). Já na segunda época (iniciada em Junho), a campanha agrícola daquele ano registou o envolvimento activo de 504,5 mil unidades agrícolas familiares.

Em relação ao modelo de cultivo, os indicadores colectados pelos recenseadores do INE mostram que do total de 2,28 milhões de explorações familiares envolvidas na prática agrícola, 1,45 milhões praticam cultivo em linha, representando 64 por cento; 432,2 mil (19 por cento) praticam rotação de culturas e 1,68 milhões praticam o cultivo misto.

Explorações familiares

Dos 13,7 milhões de angolanos que exercem a actividade agrícola produtiva por divisão de sexo, contabilizados em explorações familiares, 15,6 por cento, estimados em 2,15 milhões, estão na província da Huíla, onde 1,08 milhões são mulheres e 1,06 homens.

Os dados constam do Recenseamento Agro-Pecuário e Pescas (RAPP) do Instituto Nacional de Estatística (INE), lançado esta semana, em Luanda. A parte do país menos representada é o Namibe com apenas 173,1 mil de produtores familiares activos.

No "Top 5”, acompanham a Huíla as províncias do Huambo (1,82 milhões de produtores), Cuanza-Sul (1,47 milhões), Bié (1,33 milhões) e Uíge (1,06 milhões).

No levantamento do INE e parceiros, do total nacional, 50,9 por cento (7,0 milhões) são mulheres e 49,1 por cento homens (6,7 milhões).

Um dado partilhado pelo Recenseamento Agropecuário e Pescas (RAPP) é o de que, pelo país, existem ao todo 2,36 milhões de Explorações Agropecuárias, Piscatórias e Aquícolas Familiares, das quais 69 por cento (1,62 milhões) são chefiadas por homens e 31 por cento (738,9 mil) trabalham sob o comando de mulheres.

Por outro lado, os dados levantados pelo INE realçam, também, que do total de 2,36 milhões de explorações familiares, 94,7 por cento são individuais e só 5,3 por cento são colectivas (associações/ cooperativas).

Os resultados do Recenseamento Agropecuário e Pescas apresentados, na terça-feira, em Luanda, no Instituto Nacional de Estatística (INE) concluíram que a província do Cunene é a parte de Angola com mais criadores familiares de cabritos e porcos.

De acordo com o Recenseamento partilhado, a província do Cunene concentra 31 e 21 por cento do total de mais de 1,9 milhões de criadores de cabrito e de porcos, respectivamente.

Na apresentação de dados, o director do Instituto Nacional de Estatística (INE), José Calengi, fez saber que o Namibe foi a província com mais criadores familiares de gado bovino.

Empresas agrícolas

Em todo o país, foram registadas, em 2021, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 5.386 empresas que se dedicam à actividade agrícola e pecuária. Os dados constam do Recenseamento Agropecuário e Pescas (RAAP), lançado, esta terça-feira, em Luanda.

De acordo com o referido estudo, 91 por cento dos empresários agropecuários são homens.

Em termos de aproveitamento dos espaços, dos mais de três milhões de terra ocupada, cerca de 10 por cento é que são efectivamente cultivadas pelos empresários.

A informação do INE levantada com o auxílio do Ministério da Agricultura e Florestas, a província do Uíge é a que apresenta as terras mais aráveis para o cultivo agrícola. O Recenseamento Agropecuário e Pescas (RAPP) é o primeiro do género realizado em Angola desde a Independência e contou com a participação do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Banco Mundial, coordenado pelos ministérios da Agricultura e Florestas; Pescas; Economia e Planeamento, materializado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no ano de 2019 e 2020.

FAO e Banco Mundial valorizam recenseamento

O recenseamento Agro-pecuário e Pescas (RAPP – 2019-2020) é uma operação estatística de nível nacional, que tem por objectivo recolher dados e produzir informações estruturais relacionadas com a agricultura e pescas, que teve o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e o Banco Mundial, no suporte técnico e operacional.

De acordo com o INE, o RAPP entra-se na grande necessidade do Governo de actualizar a informação sobre as estatísticas agropecuárias e das pescas no sentido de apoiar o processo de formulação de políticas e planos de desenvolvimento socioeconómicas.

As Explorações Agropecuárias, Piscatórias e Aquícolas Familiares foram inquiridas por amostragem, tendo sido numa primeira fase seleccionadas 20 agregados e a posterior seis (6). No total, de acordo com o INE, 62,191 agregados familiares produtores foram seleccionados para resposta às entrevistas. Destes, 60 313 foram entrevistados, o que corresponde a uma taxa de resposta de 97 por cento. Este é desde logo o primeiro Recenseamento Agropecuário e Pescas, que o país realiza e contou com a participação institucional dos ministérios da Agricultura; Pescas e Recursos Marinhos; Ambiente e o da Economia e Planeamento, respectivamente.

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