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CENTRO DE CONTROLO E MISSÃO DE SATÉLITES É INAUGURADO SEXTA-FEIRA

  27 Jan 2023

CENTRO DE CONTROLO E MISSÃO DE SATÉLITES É INAUGURADO SEXTA-FEIRA

O Centro de Controlo e Missão de Satélites (CCM), localizado na comuna da Funda, província de Luanda, é inaugurado esta sexta-feira pelo Presidente da República, João Lourenço, no quadro da Estratégia Espacial Nacional.

A inauguração da infra-estrutura tem lugar após o lançamento, com sucesso, do Angosat-2, em Outubro do ano passado no Cosmódromo de Baikonur, República do Cazaquistão. O satélite angolano está operacional na posição geoespacial 23E.

A infra-estrutura, construída numa superfície de 6.617 metros quadrados, conta com 47 compartimentos devidamente apetrechados com meios técnicos e tecnológicos. O Centro de Controlo e Missão de Satélites é um sistema inteligente com múltiplas vantagens de engenharia, capacidade para garantir o acompanhamento, monitoramento e a exploração de satélites.

De acordo com uma nota do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, o Angosat-2, com altas taxas de transmissão de dados, foi construído com a participação e dedicação directa de especialistas russos e angolanos, e tem capacidade para cobrir, através da Banda- C, todo o continente africano e parte significativa do Sul da Europa.

O satélite vai contribuir para a excelente e moderna fonte de geração de receitas, uma vez que oferece cobertura a uma parte significativa do continente africano e europeu, e contribuir, significativamente, para a diminuição da exclusão digital de Angola e dos angolanos, bem como de África.

O Angosat-2 vai, ainda, ajudar, de forma acentuada, na expansão dos serviços de telecomunicações às zonas mais recônditas do país a preços competitivos, garantir maior desenvolvimento da tele-medicina, de serviços de educação à distância, apoio directo à actividade agrícola, a nível nacional.

A criação de oportunidades de emprego em áreas ligadas à tecnologia espacial, como exemplo a manutenção e instalação de antenas VSAT, e a autonomia do país no processo de desenvolvimento e operação de equipamentos, abrindo novos cenários para os profissionais e empresas do sector Aeroespacial, constam, igualmente, dos propósitos deste satélite angolano.

Angosat-2 já pode disponibilizar os serviços de telecomunicações

De recordar que o ministro das Telecomunicações, Mário Oliveira, anunciou recentemente, que o Angosat-2 em órbita há dois meses, já se encontrava em condições operacionais para comercializar os serviços de telecomunicações.

Ao intervir na sessão de apresentação do Programa Espacial Nacional - suas valências e benefícios, promovido pelo Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPN), o ministro realçou que assinatura do "Protocolo de aceitação” valida a condição técnico-operacional do satélite.

A assinatura do reputado instrumento, é uma certificação de que o Angosat-2 está a operar tecnicamente, conforme foi concebido. Este passo, é um marco muito importante para esse grande projecto, o Programa Espacial Nacional, sublinhou o ministro, acrescentando que” dar-se-ia início à operacionalização comercial do Angosat-2, para que possa cumprir a sua missão de estar ao serviço da economia nacional”.

Questionado sobre os passos subsequentes, Mário Oliveira disse que segue a preparação das equipas, de forma a que o satélite sirva de facto a economia nacional e preste serviços de telecomunicações, tecnologia de informação e associados.

Na ocasião, sem entrar em detalhes, referiu que alguns países tinham já manifestado a intenção de comprar os serviços. "Temos sido contactados por países, sobretudo os da região, no sentido de proverem serviços a partir do Angosat-2. Creio que o satélite vai estar em breve ao serviço desses Estados”, frisou.

O Angosat-2 vai estar ao serviço de todos nós, referiu o ministro, adiantando que estará à disposição das empresas de telecomunicações, dos órgãos de defesa e segurança, da agricultura, dos recursos marinhos e minerais. "O Angosat estará ao serviço de Angola, dos angolanos e da economia nacional”, pontualizou.

Autorizada exploração comercial do Satélite

O Presidente da República, João Lourenço, autorizou em Despacho Presidencial, a exploração comercial do satélite Angosat-2, cujas receitas inerentes à sua exploração deverão reverter 40% a favor do Tesouro Nacional e 50% a favor do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN).

De acordo com o Despacho Presidencial nº 11/23, de 23 de Janeiro, os restantes 10% das receitas provenientes da exploração do Angosat-2 deverão reverter a favor do Fundo de Apoio Social dos Trabalhadores das Comunicações.

No documento, o Titular do Poder Executivo delega competências ao ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social Mário Oliveira com a faculdade de subdelegar e praticar todos os actos necessários à gestão e exploração comercial do Satélite a título transitório, sujeita a toda legislação e regras regulatórias do sector das Telecomunicações.

No mesmo documento, autorizou a exploração comercial do Angosat-2, enquanto decorre o processo de criação das condições para a atribuição da sua gestão e exploração a um ente público.

O documento a necessidade de se dar início ao processo de exploração comercial e garantir os serviços para os quais foi projectado, no seu prazo de vida útil, em benefício da economia nacional e do desenvolvimento tecnológico do país, da região e a salvaguarda de uma adjudicação segura do ponto de vista da valoração socioeconómica, soberania tecnológica, defesa e segurança nacional na exploração do engenho.

O despacho salienta que o Angosat-2 foi lançado com sucesso e encontra-se na sua posição orbital, enviando sinais do seu pleno funcionamento à estação de controlo, constituindo um marco importante para o Programa Espacial Angolano.

O Angosat-2, destaca ainda o documento, é uma infra-estrutura de importância essencial para o Estado angolano, estratégica e de domínio exclusivo, que integra a rede básica de telecomunicações do país, cuja exploração comercial insere-se no sector de actividade de reserva relativa do Estado.

A infra-estrutura constitui um elemento fundamental no cumprimento dos objectivos fundamentais do programa de desenvolvimento do país no contexto das comunicações, observação da terra, posicionamento, navegação, tráfego terrestre e marítimo, investigação, inclusão digital, controlo da migração e da criminalidade, agricultura de precisão e combate a desastres naturais, em especial no atendimento às áreas rurais e nos municípios sem cobertura de serviços de telecomunicações, refere ainda o despacho.

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